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IRAQUE
Seqüestradores dizem que vão matar egípcio
DA REDAÇÃO
Os seqüestradores do chefe da
representação diplomática egípcia no Iraque, Ihab al Sherif,
ameaçaram ontem matar o refém
porque, segundo eles, o Egito é
aliado de "judeus e cristãos", de
acordo com comunicado divulgado na internet.
"A corte islâmica da Organização Al Qaeda no Iraque decidiu
entregar o apóstata, embaixador
do Egito aliado de judeus e cristãos, aos mujahidin [guerreiros
islâmicos] para que o matem", dizia o comunicado. Sem mencionar o nome do ditador egípcio,
Hosni Mubarak, a mensagem cita
"o ídolo do Egito", dizendo que
ele promove os interesses americanos no Oriente Médio.
Não houve reação imediata por
parte do governo do Egito ou do
Iraque, que criticou a decisão do
egípcio de sair sozinho de carro
para comprar jornal. Al Sherif,
que estava para ser oficialmente
designado como o primeiro embaixador de um país árabe no Iraque, foi levado no último sábado.
Ativistas egípcios prometeram
realizar uma manifestação hoje
para pedir que os seqüestradores
libertem o diplomata e para forçar o país a congelar suas relações
com o governo iraquiano.
O site do grupo terrorista mostrou fotos de documentos de
identidade do diplomata para
confirmar a autoria da ação.
Desde o seqüestro, dois outros
diplomatas, do Bahrein e do Paquistão, foram alvos de ataques.
Autoridades iraquianas dizem
que as ações fazem parte de um
plano para criar um ambiente de
medo e desencorajar países árabes ou islâmicos a estreitar seus
laços com o novo governo iraquiano. O ministro do Interior,
Bayan Jabor, disse que existe "um
plano para proteger diplomatas
depois desses incidentes", mas
não deu mais detalhes.
Americanos presos
O Pentágono informou ontem
que o Exército americano mantém presos cinco cidadãos americanos entre os mais de 10 mil prisioneiros no Iraque por suspeitas
de terrorismo ou outras atividades criminosas.
Os cinco homens estão detidos
sem acusações ou acesso a advogados. Três deles têm também cidadania iraquiana, outro iraniana
e o quinto, jordaniana. Eles foram
capturados separadamente e parecem não ter ligações entre si, segundo autoridades americanas. O
nome dos prisioneiros, que estão
em cadeias iraquianas, não foi divulgado.
Sua captura apresenta uma
questão complexa para os EUA.
Whitman disse que ainda não está decidido se eles serão entregues
ao Departamento da Justiça ou ao
novo sistema legal iraquiano.
Em mais um dia de violência,
dois carros-bombas mataram pelo menos 11 pessoas e deixaram 19
feridas, no sul de Bagdá.
Com agências internacionais
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