São Paulo, sexta-feira, 07 de julho de 2006

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"EIXO DO MAL"

Coréia do Norte ameaça continuar testando mísseis

DA REDAÇÃO

Após admitir ontem pela primeira vez ter realizado múltiplos testes de mísseis, a Coréia do Norte disse que continuará com os lançamentos e ameaçou fazer uso de força caso a comunidade internacional interfira.
Diante da intensa pressão internacional, a Chancelaria norte-coreana divulgou uma nota em que reafirma seu direito de desenvolver e testar armas. "Nossas Forças Armadas vão continuar a fazer testes de lançamento de mísseis no futuro como parte de nossos esforços para fortalecer o mecanismo de autodefesa", disse a nota. "Como país soberano, isso é nosso direito legal, e não estamos comprometidos com nenhuma lei internacional ou acordos multi ou bilaterais."
"Se qualquer um tentar contestar ou colocar pressão sobre isso, teremos de adotar ações físicas mais fortes sob outras formas", ameaçou.
Entre terça e quarta-feira, o país testou sete mísseis, incluindo um Taepodong-2, que teria capacidade de atingir o Alasca, mas que caiu 42 segundos após o lançamento.
O posicionamento agressivo de Pyongyang coincidiu com intensa movimentação diplomática para formular uma resposta aos testes. Ontem, o presidente dos EUA, George W. Bush, se disse contente com contatos feitos com líderes de China, Coréia do Sul, Japão e Rússia.
Mas na ONU há desacordo sobre um projeto de resolução proposto pelo Japão, com o apoio dos EUA, para impor sanções à Coréia do Norte. Rússia e China se opõem às sanções.
A proposta russa é a de que o Conselho de Segurança aprove uma nota para levar a Coréia do Norte de volta às negociações em seis partes sobre o programa nuclear. A China disse que irá enviar um negociador a Pyongyang na próxima semana.
Em nota, o Brasil condenou a realização dos testes.


Com agências internacionais

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