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Iraquiano é 1º acusado em complô terrorista
O médico Bilal Abdulla estava no carro em chamas que invadiu o aeroporto de Glasgow (Escócia) há uma semana
Dois dos médicos suspeitos estavam tentando obter permissão para trabalhar nos EUA, de acordo com a polícia federal americana
DA REDAÇÃO
Um dos médicos detidos
após lançar um carro em chamas contra o aeroporto de
Glasgow (Escócia), no último
sábado, tornou-se ontem o primeiro dos oito suspeitos a ser
acusado formalmente pela Procuradoria britânica por participação no suposto plano terrorista, que também incluiu a
tentativa de explodir dois carros-bomba em Londres.
O iraquiano Bilal Abdulla, 27,
que se formou em medicina em
Bagdá e chegou ao Reino Unido
em 2004, foi acusado de conspirar para causar explosões e
deve comparecer hoje ao tribunal de Westminster, no centro
de Londres. O crime pelo qual
ele é acusado consta da Lei de
Substâncias Explosivas, de
1883, informou a Procuradoria
britânica, e pode condenar Abdulla à prisão perpétua.
Além do iraquiano, sete estrangeiros estão detidos por
suspeita de ligação com o complô, entre eles dois indianos e
um casal de jordanianos. Todos
são profissionais médicos e trabalharam no Sistema Nacional
de Saúde britânico (NHS, na sigla em inglês).
A polícia acredita que os dois
carros-bomba desativados em
Londres na sexta-feira da semana passada e o atentado ao
aeroporto de Glasgow, no dia
seguinte, fazem parte do mesmo plano. O motorista do jipe
que invadiu o aeroporto de
Glasgow seria libanês ou indiano, segundo diferentes versões
da imprensa britânica. Ele continua internado no hospital Royal Alexandra, perto de Glasgow, com queimaduras graves.
Em Washington, o FBI (polícia federal) informou que dois
dos médicos detidos na semana
passada se candidataram a obter permissão para trabalhar
nos EUA. Um deles foi identificado como o jordaniano Mohammed Asha, médico de 26
anos que foi preso no sábado
junto com a mulher, Marwa,
técnica de laboratório. O FBI
não identificou o segundo candidato a trabalhar nos EUA.
Nancy O'Dowd, porta-voz do
FBI, confirmou que Asha tentou obter permissão para trabalhar como médico nos EUA,
mas disse que ele não chegou a
prestar exames.
Segundo a Associação Médica Americana, em 2005 os estrangeiros e os americanos formados no exterior constituíam
cerca de 25% dos médicos trabalhando nos EUA -ou
228.665 do total de 902.053.
Ontem a polícia australiana
apreendeu computadores de
dois hospitais em Brisbane para tentar estabelecer o elo entre
os incidentes em Londres e
Glasgow e o médico indiano
Mohammad Haneef, preso no
país na última segunda-feira.
Com agências internacionais
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