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Clinton foi à Coreia do Norte em avião de produtor de Hollywood
Rede de contatos de ex-presidente facilitou missão de resgate de jornalistas
DO "INDEPENDENT"
Novos detalhes da missão de
resgate de Bill Clinton à Coreia
do Norte, tornados públicos
ontem, revelam que o ex-presidente americano teve ajuda do
produtor bilionário de Hollywood Steve Bing na empreitada
que resultou na libertação de
duas jornalistas americanas
presas desde março.
Bing emprestou a Clinton o
avião que o levou da Califórnia
a Pyongyang. Mas ele não foi o
único a ajudar a transformar
uma missão de valor inestimável para o governo americano
numa operação freelance.
As revelações de ontem de
como a viagem foi secretamente organizada revelam a extensão da nebulosa rede de contatos de Clinton, considerada
problemática no passado devido à posição de sua mulher como secretária de Estado.
Vital nesta ocasião foi seu relacionamento de longa data
com Bing, doador confiável da
fundação de Clinton.
Com permissões especiais
dadas de última hora pela Autoridade Federal de Aviação, o
Boeing 737 só com classe executiva levou o ex-presidente e
um pequeno grupo de auxiliares à Coreia do Norte com duas
escalas para reabastecimento
-ao custo de US$ 200 mil, que
também serão pagos por Bing.
Al Gore, ex-vice presidente
dos EUA e fundador da CurrentTV, canal para o qual trabalhavam as duas jornalistas
quando foram presas em março, agradeceu a Bing.
Também não podem ser esquecidos a Dow Chemical e seu
executivo-chefe, Andrew Liveris. Também doadora da Fundação Clinton, a Dow cedeu o
avião que levou o ex-presidente
de sua casa em Nova York a
Burbank (Califórnia), onde o
avião de Bing o esperava.
Funcionários do governo
Obama, incluindo Hillary Clinton, que está na África, continuaram ontem a separar o resgate das jornalistas da disputa
nuclear com Pyongyang.
"Quero ter certeza de que as
pessoas não confundam o que
Bill fez, que foi uma missão humanitária privada, com a nossa
política, que continua sendo a
de dar escolhas à Coreia do
Norte", disse ela em Nairóbi.
Foi a Casa Branca, porém,
que procurou o ex-presidente
pedindo que ele abraçasse a
missão. Clinton concordou e
partiu com instruções expressas da equipe de Obama para se
ater à tarefa.
Analistas duvidam que Clinton tenha se limitado a isso. Ele
teve uma rara oportunidade de
observar a saúde de Kim Jong-il, cuja condição exata é um assunto de grande interesse para
as autoridades americanas que
começaram a indagar Clinton
ontem. E o encontro abre as
portas para a continuação do
diálogo entre EUA e Coreia.
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