DA EFE

Em atenção a reparos feitos pela Corte Nacional Eleitoral, o presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou ontem ter enviado ao Congresso projeto de lei para a convocação dos dois referendos que faltam para ratificar a nova Constituição.
Em 28 de agosto, Morales havia decidido, por decreto, que as duas consultas para aconteceriam em 7 de dezembro.
Dias depois, a CNE, a máxima autoridade do país, declarou-se impedida de preparar a votação, já que os referendos deveriam passar pelo Parlamento. Morales chegou a acusar o tribunal de "subordinação à direita", mas teve de recuar.
O governo não tem maioria no Senado. Agora, Morales deve repetir estratégia que já usou em episódios anteriores: convocar sessão conjunta do Parlamento -com a Câmara, os governistas são maioria- enquanto milhares de simpatizantes cercam o edifício para pressionar pela votação, para grita da oposição.
Ontem, foi mais um dia de protestos da oposição no sul e no norte do país. Já são 20 pontos de bloqueios, aos quais se juntou um trecho que liga a Bolívia ao Brasil, na altura da cidade de Puerto Quijarro.


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