São Paulo, domingo, 07 de setembro de 2008

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Número de mortos no Haiti chega a 529

Corpos foram encontrados quando as águas da enchente provocada pela tempestade tropical Hanna começaram a baixar

O poderoso furacão Ike, que ontem seguia em direção às Bahamas, pode chegar em Cuba ainda mais forte, uma ameaça a prédios antigos

DA REDAÇÃO

A polícia haitiana encontrou 495 corpos de vítimas da tempestade tropical Hanna na cidade de Gonaives (152 km ao norte da capital, Porto Príncipe), na sexta-feira, quando as águas da enchente baixaram. Com isso, o número total de mortos chegou a 529 até o começo da tarde de ontem.
Segundo informou à Reuters o chefe da polícia local, Ernst Dorfeuille, outras 13 pessoas ainda estavam desaparecidas. Ele definiu assim a situação da quarta maior cidade haitiana: "O cheiro de morte é terrível em Gonaives".
A Federação Internacional da Cruz Vermelha apela para que os países levantem US$ 3,4 milhões em doações ao país.
A ONU, que mandou um navio com 33 toneladas de suprimentos emergenciais distribuídos na sexta, declarou que pedirá fundos de emergência para ajudar os 600 mil desabrigados.
A ajuda humanitária chegou ao país um dia depois de o Senado ter votado estado de emergência e pedido oficialmente ajuda internacional.
A maior parte população do Haiti, o país mais pobre das Américas, vive com menos de US$ 2 por dia. Em menos de um mês, o país foi atingido por sucessivas tempestades. O furacão Fay matou mais de 50 pessoas. O Gustav deixou ao menos 75 mortos.
Nos EUA, a tempestade Hanna atingiu ontem os Estados da Carolina do Sul e do Norte, com chuvas e ventos fortes. Pelo menos 1.500 pessoas se refugiaram em abrigos.
As autoridades, que registraram pequenas inundações, dizem que cerca de 55 mil pessoas ficaram sem energia elétrica. Mas só anunciaram prejuízos materiais.
Segundo o NHC (Centro Nacional de Furacões) dos EUA, o Hanna movimentou ventos de 110 km/h e perdeu um pouco de força ao tocar a terra.

Chegada do Ike
Com ventos de até 185 km/h, ontem o furacão Ike estava próximo das Bahamas e das ilhas Turks e Caicos -de onde turistas e moradores começaram a sair na tarde de ontem. Convertido em categoria quatro, na escala de cinco Saffir-Simpson, o Ike ameaçava Cuba, onde deve chegar entre hoje e amanhã.
O governo cubano anunciou que o todo o território corre risco -o Gustav não causou mortes, mas graves danos materiais. Os EUA ofereceram enviar uma equipe de avaliação, mas Cuba respondeu pedindo o fim do embargo. Se seguir a rota prevista, o furacão atingirá as cidades turísticas de Varadero e Havana, uma ameaça aos edifícios históricos. A rota do Ike também inclui passagem pelo sul da Flórida.


Com agências internacionais


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