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Alemanha lança projeto de lei para prolongar energia nuclear
Oposição é contra medida, que estende prazo de 2022 para 2040
DA EFE
A chanceler (premiê) da
Alemanha, Angela Merkel,
anunciou projeto de lei para
estender o uso de usinas nucleares para gerar energia
elétrica até 2040. O plano anterior previa que essa fonte
deixasse de ser usada a partir
de 2022.
Partidos opositores ao projeto disseram que vão exigir
que a aprovação passe também pela Câmara Alta, onde
Merkel não conta com maioria - e não apenas pela Baixa, onde o governo lidera.
A oposição agendou protestos pelo país e anunciou
que entrará com um processo
no Tribunal Constitucional.
Merkel reconheceu que o
anúncio teria repercussões
negativas, mas justificou o
projeto com a necessidade de
manter a oferta de energia,
reduzir a emissão de gases de
efeito estufa e propiciar uma
transição segura para a energia renovável.
A Alemanha terá nas próximas décadas "a oferta elétrica mais eficiente e ecológica do mundo", disse ela.
Atualmente o país tem 17 usinas nucleares em operação.
A antiga coalizão entre social-democratas e verdes estabeleceu há duas legislaturas que o limite de extensão
do uso seria 2022.
Já os democratas-cristãos
e os liberais, atualmente no
poder, foram os responsáveis
pelo novo projeto.
Segundo o ministro da
Economia, Rainer Brüderle,
o prolongamento das usinas
permitirá arrecadar 15 bilhões em impostos destinados à produção de energias
renováveis.
Os quatro principais consórcios de energia nuclear do
país ganharão 127 bilhões
com a prorrogação e só 25%
desse valor será atingido pelo imposto verde, afirmou o
instituto de pesquisas Öko.
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