DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O ministro francês de Imigração, Éric Besson, anunciou o adiamento de seu casamento após manifestantes contrários à política de repatriação coletiva de ciganos terem ameaçado no Facebook atrapalhar a cerimônia.
O ex-socialista, que desertou do partido UMP do presidente Nicolas Sarkozy, tem sido o centro das críticas pela expulsão de cerca de 700 ciganos romenos e búlgaros -os chamados Roma.
Ele também é o "pai" do projeto que propõe retirar a cidadania de imigrantes que ameacem policiais.
O casamento de Besson, 52, com Yasmine Tordjman, 24 -de origem tunisiana-, estava marcada para o próximo dia 16, em Paris.
Mas há alguns dias, diversos grupos de internautas têm usado a rede social Facebook para ameaçar o enlace de Besson -divorciado e pai de três filhos.
Até ontem, 1.067 pessoas haviam se filiado à comunidade "Crie Estrago no Casamento de Éric Besson".
No domingo, o ministro disse à TV France 5 que sua decisão de adiar a cerimônia foi motivada pelo desejo de que ela não ocorra sob fortes medidas de segurança, que provavelmente seriam necessárias após as ameaças feitas pela internet.
"Não tenho motivo para impor isso nem aos meus filhos, nem a minha ex-mulher, nem a minha companheira [Tordjman]", afirmou.
"[Eles] não têm por que serem as vítimas colaterais das minhas decisões políticas".
À agência de notícias France Presse, o ministro disse que não foi só a data do casamento que mudou, mas também o local em que ele será realizado -informações que estão sob sigilo.
Besson negou ainda que Sarkozy planejasse comparecer ao casamento, dizendo que o presidente provavelmente estaria em Bruxelas.
"A cerimônia será séria e totalmente particular, sem [a presença de] jornalistas ou fotógrafos não oficiais."


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