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Katrina se torna a catástrofe mais cara da história, dizem seguradoras
KATHERINE GRIFFITHS
DAVID HELLIER
DO "INDEPENDENT"
O total reclamado de seguro de
propriedades em decorrência da
passagem do furacão Katrina já
soma US$ 34,4 bilhões, tornando
o desastre o mais caro da história
dos EUA, segundo números oficiais do ramo divulgados pelo ISO
(Gabinete de Serviços de Seguro).
A conta excede o último recorde, de 1992, quando o furacão Andrew custou US$ 21 bilhões, e pode aumentar. O ISO fará novo estudo daqui a dois meses para
atualização.
A conta concentra-se em seguros acionados por danos a edificações privadas e comerciais e carros atingidos pelas tempestades,
não incluindo instalações agrícolas, aéreas ou marítimas. Danos
causados por alagamentos não estão incluídos, pois são responsabilidade do governo.
A indústria de seguros estima
que o custo final do Katrina possa
chegar a US$ 60 bilhões, chegando a seguradoras européias que
serão acionadas.
A maior parte dos especialistas
considera que as seguradoras estejam mais eficientes na distribuição de riscos, o que torna pouco
provável que empresas, de qualquer lado do Atlântico, quebrem
por causa dos custos sem precedentes. Espera-se que os prejuízos, no entanto, sejam consideráveis.
A Munich Re divulgou que seus
lucros seriam atingidos pelo desastre, e a previsão de perda, inicialmente de US$ 400 milhões, será triplicada. A Wellington Underwriting, do grupo londrino
Lloyd's, aumentou sua previsão
de perda de US$ 75 milhões para
US$ 125 milhões.
A agência de avaliação de crédito Standard & Poor's rebaixou a
perspectiva para a indústria de
resseguros ao nível "negativo".
A Brit Insurance disse que seu
balanço permite continuar com a
política de fortes dividendos, apesar da "flutuação nos ganhos".
O ISO afirmou que a maior parte da demanda ocorre na Louisiana, o que reflete a devastação da
cidade de Nova Orleans, atingida
no dia 29 de agosto. Cerca de 900
mil casos, totalizando US$ 22,6 bilhões -dois terços do total-,
são desse Estado. O Mississippi
teve 490 mil reclamações, somando US$ 9,8 bilhões, e o Alabama
vem em terceiro com US$ 1,3 bilhão em 123 mil casos.
Os números do ISO não incluem danos causados pelo furacão Rita, que passou pelo Texas há duas semanas.
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