São Paulo, sexta-feira, 07 de outubro de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Katrina se torna a catástrofe mais cara da história, dizem seguradoras

KATHERINE GRIFFITHS
DAVID HELLIER
DO "INDEPENDENT"

O total reclamado de seguro de propriedades em decorrência da passagem do furacão Katrina já soma US$ 34,4 bilhões, tornando o desastre o mais caro da história dos EUA, segundo números oficiais do ramo divulgados pelo ISO (Gabinete de Serviços de Seguro).
A conta excede o último recorde, de 1992, quando o furacão Andrew custou US$ 21 bilhões, e pode aumentar. O ISO fará novo estudo daqui a dois meses para atualização.
A conta concentra-se em seguros acionados por danos a edificações privadas e comerciais e carros atingidos pelas tempestades, não incluindo instalações agrícolas, aéreas ou marítimas. Danos causados por alagamentos não estão incluídos, pois são responsabilidade do governo.
A indústria de seguros estima que o custo final do Katrina possa chegar a US$ 60 bilhões, chegando a seguradoras européias que serão acionadas.
A maior parte dos especialistas considera que as seguradoras estejam mais eficientes na distribuição de riscos, o que torna pouco provável que empresas, de qualquer lado do Atlântico, quebrem por causa dos custos sem precedentes. Espera-se que os prejuízos, no entanto, sejam consideráveis.
A Munich Re divulgou que seus lucros seriam atingidos pelo desastre, e a previsão de perda, inicialmente de US$ 400 milhões, será triplicada. A Wellington Underwriting, do grupo londrino Lloyd's, aumentou sua previsão de perda de US$ 75 milhões para US$ 125 milhões.
A agência de avaliação de crédito Standard & Poor's rebaixou a perspectiva para a indústria de resseguros ao nível "negativo".
A Brit Insurance disse que seu balanço permite continuar com a política de fortes dividendos, apesar da "flutuação nos ganhos".
O ISO afirmou que a maior parte da demanda ocorre na Louisiana, o que reflete a devastação da cidade de Nova Orleans, atingida no dia 29 de agosto. Cerca de 900 mil casos, totalizando US$ 22,6 bilhões -dois terços do total-, são desse Estado. O Mississippi teve 490 mil reclamações, somando US$ 9,8 bilhões, e o Alabama vem em terceiro com US$ 1,3 bilhão em 123 mil casos.
Os números do ISO não incluem danos causados pelo furacão Rita, que passou pelo Texas há duas semanas.


Texto Anterior: Desabrigada ganha US$ 1,6 mi em caça-níqueis
Próximo Texto: América Latina: Caracas vê até 80% das terras "improdutivas"
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.