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São Paulo, sexta-feira, 07 de novembro de 2003

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Poloneses sofrem primeira baixa em ataque

DA REDAÇÃO

Pela primeira vez desde o início da Guerra do Iraque, em março, um militar de um terceiro país da coalizão anglo-americana foi morto em ataque, enquanto os EUA sofreram mais duas baixas em ações hostis e agora acumulam 140 só no pós-guerra.
Um major da Polônia -o país que enviou mais soldados ao Iraque depois dos EUA e do Reino Unido, 2.400- foi atacado ontem perto de Karbala, ao sul de Bagdá, quando voltava de uma cerimônia para promover a defesa civil com mais 15 militares poloneses.
"A perda deste homem é chocante para todos nós", declarou o presidente da Polônia, Aleksander Kwasniewski. Pesquisas indicam que a maioria dos poloneses é contra a presença de tropas do país no Iraque.
Perto de Husaybah, na fronteira com a Síria, uma mina explodiu com a passagem de um caminhão americano, matando um soldado. Outro morreu em um ataque com granadas-foguetes em Mahmudiyah, 25 km ao sul de Bagdá.
Na Província de Najaf, também no sul, o governador Mehdi Matar al Mayyali apresentou sua renúncia em protesto contra a falta de segurança na região.
O presidente dos EUA, George W. Bush, afirmou que a onda de ataques mostra "a crueldade do inimigo" americano. "Eles têm sangue-frio", disse Bush após sancionar um pacote de US$ 87 bilhões -dos quais US$ 51 bilhões se destinam à operação militar no Iraque e outros US$ 18,6 bilhões à reconstrução do país- recém-aprovado pelo Congresso.
"Com essa lei do Congresso, nenhum amigo ou inimigo pode duvidar que os EUA tenham recursos e vontade para levar essa guerra até a vitória", declarou.
O secretário da Defesa os EUA, Donald Rumsfeld, afirmou que 85 mil soldados americanos já foram postos sob alerta para possível convocação e que 47 mil membros da reserva e da Guarda Nacional devem receber notificação semelhante em dias. A convocação faz parte da rotação das tropas no Iraque -hoje, cerca de 130 mil americanos servem no país, mas a expectativa é reduzir o contingente para 105 mil até maio.


Com agências internacionais

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