LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O diretor da Interpol do Uruguai, Héctor de León, está preocupado com a facilidade de trânsito pelas fronteiras do Mercosul.
"O problema do terrorismo não é novo, mas, com o Mercosul, é importante haver algum tipo de controle que compense a facilidade de trânsito de pessoas. As fronteiras são sempre um setor de preocupação. Com o tratado do Mercosul, isso ficou mais intenso. Após o 11 de Setembro, tudo ficou ainda mais perigoso", disse ele, em entrevista à Agência Folha.
"Nas reuniões que têm ocorrido entre ministros do Interior e da Justiça, esse assunto entra sempre na pauta. Certamente, haverá uma estratégia especial."
A preocupação da Interpol aumentou a partir da prisão de um árabe com nome praticamente igual ao de um terrorista que consta em uma lista sua.
"Essa prisão nos obriga a fazer contatos mais intensos com outros órgãos de segurança. Há um contingente muito grande de muçulmanos na região, e isso pode não dizer muito, mas o fundamentalismo teria, em um ambiente como esse, a situação ideal. Estamos sempre alertas", disse.
Ontem, continuava sendo uma incógnita a forma como o suspeito ingressou em território uruguaio. Não há registro de seu ingresso no país. O assunto está nas mãos da inteligência uruguaia.
O único avanço da polícia local é o que indica a possibilidade de o suspeito (cujo nome não foi divulgado), de cerca de 60 anos, ter passado pelo Chile, país que não tem fronteira com o Uruguai. Sua prisão, porém, ocorreu em Rivera, na fronteira com o Brasil.


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