DE WASHINGTON

Conservadores radicais do movimento Tea Party não apenas ajudaram a catapultar congressistas para Washington na última terça, mas também têm ligação com mais da metade dos governadores republicanos eleitos nos EUA.
Em contagem da Folha, pelo menos 14 dos 23 republicanos confirmados até agora nos governos estaduais se aliaram aos ativistas em diferentes graus, desde receber apoio oficial de algum dos grupos identificados como Tea Party até se comprometer com a ultradireita.
Houve eleição para governos de 37 Estados -10 democratas e 1 independente também ganharam, e 3 corridas ainda estão indefinidas.
Diferentemente de Washington, onde candidatos do Tea Party sofrerão pressão para se moderar ao estilo do "establishment republicano", nos Estados os governadores poderão usar à vontade essa nova variável política dos EUA.
E o alto número de vitórias locais aumenta o temor democrata de que a onda do ativismo popular conservador perdure até as eleições de 2012.
Algumas das conquistas tiveram valor simbólico especial, por exemplo as de Nikki Haley (Carolina do Sul), Susana Martínez (Novo México), Rick Scott (Flórida), e a reeleição de Rick Perry (Texas).
As duas primeiras são ex-desconhecidas nacionalmente que viraram o jogo com o apoio declarado da ex-governadora do Alasca Sarah Palin, um símbolo do Tea Party no país e citada como presidenciável em 2012.
Rick Scott escancarou em seu site de campanha o apoio obtido do Tea Party da Flórida. Já Perry venceu a reeleição no Texas com a fama de estrela ascendente do movimento.
Também tiveram endosso oficial dos ultraconservadores os vitoriosos no Maine e na Geórgia. (AM)

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