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"Serei famoso agora", disse jovem que matou 8 nos EUA
Rapaz, que se suicidou após matança em shopping, escreveu que deixaria de ser um "peso"
Robert Hawkins, 19, que morava na casa de um amigo, havia terminado um namoro e sido demitido
nas últimas duas semanas
Reprodução/Associated Presse
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Robert Hawkins, cujos pais se divorciaram quando tinha 3 anos |
DA REDAÇÃO
O jovem de 19 anos que matou oito pessoas em um shopping em Omaha (Nebraska,
centro dos EUA) havia perdido
o emprego e terminado um namoro nos últimos 15 dias.
"Sou um pedaço de merda",
escreveu em um bilhete Robert
Hawkins, que se suicidou após
matar cinco mulheres e três homens -além de ferir outras
cinco pessoas-, "mas serei famoso agora". A polícia local
acredita que a matança era parte de um suicídio premeditado.
O jovem estava morando,
desde 2006, com a família de
um amigo de 17 anos. Debora
Maruca-Kovac, a mãe do amigo, disse à agência Associated
Press que Hawkins mostrou à
sua família seu rifle russo semi-automático na noite anterior
ao crime -ela pensou que a arma era muito velha para funcionar. Segundo a polícia, imagens de câmeras do shopping
mostram que Hawkins escondeu o rifle sob uma blusa carregada em seus braços.
Maruca-Kovac disse ainda
que havia deixado Hawkins
morar consigo depois de ele ter
abandonado sua casa. Registros
judiciais dão conta de que a
guarda do jovem foi, por pelo
menos uma vez, tirada dos seus
pais -que se divorciaram
quando ele tinha 3 anos- e passada ao Estado.
"Ele era deprimido", diz Maruca-Kovac. "Mas parecia que
ele estava melhorando."
Hawkins abandonou a escola
em 2006, quando cursava o último ano do equivalente ao ensino médio brasileiro ("high
school"). Após se mudar para a
casa do amigo, passou a trabalhar em um McDonald's. Nesta
semana, porém, foi demitido
por supostamente ter furtado
US$ 17 (cerca de R$ 30). Na semana anterior, segundo Maruca-Kovac, ele havia terminado
um namoro.
Hawkins não tomava medicamentos para distúrbios psiquiátricos, mas já se tratara por
depressão, hiperatividade e déficit de atenção. O jovem costumava exagerar na bebida e às
vezes fumava maconha em seu
quarto, disse Maruca-Kovac.
Apesar disso, era gentil e prestativo. Gostava de ouvir música
e jogar videogame -"coisas
normais de adolescente".
Maruca-Kovac, enfermeira,
contou que estava se preparando para trabalhar quando Hawkins telefonou, dizendo que lhe
havia deixado um bilhete. Ela
pediu que ele se explicasse, mas
o jovem desligou. Maruca-Kovac encontrou o papel no chão
de seu quarto e ligou para a mãe
de Hawkins, que diz conhecer
apenas por "Molly". A mulher
foi à sua casa, pegou o bilhete e
o levou à polícia.
No bilhete, diz Maruca-Kovac, Hawkins escreveu que
amava seus pais e que deixaria
de ser um "peso".
O incidente de Nebraska é o
mais recente de uma série de
massacres cometidos por pessoas armadas nos EUA, que travam um debate há décadas sobre o controle das armas de fogo. A posse de armas é garantida pela Constituição, escrita no
século 18, quando milícias civis
ajudavam a cuidar da segurança dos cidadãos.
Com agências internacionais
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