São Paulo, quinta-feira, 08 de janeiro de 2004

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EUA soltam iraquianos para "reconciliação"

DA REDAÇÃO

No que o chefe da administração americana no Iraque chamou de "gesto conciliatório", os EUA anunciaram a libertação de 506 presos iraquianos de baixa periculosidade a partir de hoje.
Na mesma linha, o governo provisório de Paul Bremer elevou para US$ 458 milhões -o quádruplo da previsão anterior- os fundos para a transição política, que culmina em 30 de junho com a posse de um governo iraquiano.
Apesar das medidas, a transição foi criticada por um dos principais clérigos xiitas do país, o aiatolá Ali al Sistani, que pediu a antecipação do pleito e disse que a agenda "não garante a representação justa da população". Os xiitas perfazem 60% dos iraquianos.
Washington também anunciou, com um mês de atraso, a abertura de novas licitações para a reconstrução iraquiana -a primeira parte dos US$ 18,6 bilhões aprovados no término do ano passado pelo Congresso dos EUA.
Serão distribuídos US$ 5 bilhões em contratos de eletricidade, saneamento, segurança, transporte, comunicação, saúde e habitação.
Países que se opuseram à guerra estão fora da disputa, mas podem buscar subcontratos.
A aceleração da transição e o maior investimento são parte da tentativa americana de aumentar a inclusão dos iraquianos no processo e reduzir os atritos com a população. Nesse sentido, a decisão de libertar 506 dos mais de 10 mil iraquianos detidos durante e após a guerra é um passo crucial.
Os primeiros cem prisioneiros serão soltos hoje.

Base dos EUA é atingida
Um ataque contra uma base americana a oeste de Bagdá no início da noite feriu 35 soldados. "Os feridos receberem os primeiros socorros e foram retirados do local para tratamento complementar", informou uma nota militar. Não havia informação sobre a gravidade dos ferimentos.
Seis morteiros teriam sido disparados contra uma área utilizada como moradia pelas tropas.


Com agências internacionais

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