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São Paulo, sábado, 08 de fevereiro de 2003

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Pós-guerra pode custar US$ 50 bi ao ano

MICHAEL McDONOUGH
DA ASSOCIATED PRESS, EM LONDRES

As operações do pós-guerra no Iraque podem custar aos EUA e seus aliados até US$ 50 bilhões por ano. A estimativa foi divulgada ontem pelo Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS). Segundo o estudo, uma força de manutenção da paz de até 200 mil homens, liderada pelos EUA, custaria, no mínimo US$ 12 bilhões anuais.
O IISS disse ter usado como base o custo de um soldado de manutenção da paz na Bósnia -cerca de US$ 250 mil por ano. O instituto disse ser difícil prever a duração de uma operação de pós-guerra no Iraque, mas sugeriu que uma ocupação por 100 mil homens durante cinco anos poderia custar US$ 125 bilhões.
No início desta semana, o presidente George W. Bush propôs um orçamento militar de US$ 380 bilhões para o ano fiscal que começa em 1º de outubro. A cifra não cobria o possível conflito com o Iraque.
De acordo com o IISS, os combates provavelmente custarão menos do que os da Guerra do Golfo (1991). O relatório citou uma estimativa da comissão de Orçamento do Congresso dos EUA, que avaliou o custo em US$ 33 bilhões, contra os US$ 61 bilhões gastos em 1991, que equivalem a US$ 78 bilhões hoje.
O relatório disse que os custos, hoje, serão mais baixos por várias razões: a força americana enviada ao Iraque será menor; há menos alvos no Iraque hoje; as armas americanas estão mais precisas; e os custos de transporte serão menores, porque já há soldados e equipamentos na região.
Bush disse que ainda não tomou a decisão de recorrer à força para desarmar Saddam Hussein. Mas o número de soldados americanos na região do golfo Pérsico já passa de 110 mil e deve alcançar os 150 mil até 15 de fevereiro, informou um alto funcionário do governo americano.
Até o início de março, a força americana na região já deve ser de mais de 200 mil homens. Na Guerra do Golfo, em 1991, os EUA enviaram 500 mil soldados ao teatro da guerra.
O Reino Unido informou que deve ter cerca de 40 mil homens na região para se participar da possível ofensiva.


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