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Pós-guerra pode custar US$ 50 bi ao ano
MICHAEL McDONOUGH
DA ASSOCIATED PRESS, EM LONDRES
As operações do pós-guerra no
Iraque podem custar aos EUA e
seus aliados até US$ 50 bilhões
por ano. A estimativa foi divulgada ontem pelo Instituto Internacional de Estudos Estratégicos
(IISS). Segundo o estudo, uma
força de manutenção da paz de
até 200 mil homens, liderada pelos EUA, custaria, no mínimo US$
12 bilhões anuais.
O IISS disse ter usado como base o custo de um soldado de manutenção da paz na Bósnia -cerca de US$ 250 mil por ano. O instituto disse ser difícil prever a duração de uma operação de pós-guerra no Iraque, mas sugeriu
que uma ocupação por 100 mil
homens durante cinco anos poderia custar US$ 125 bilhões.
No início desta semana, o presidente George W. Bush propôs um
orçamento militar de US$ 380 bilhões para o ano fiscal que começa em 1º de outubro. A cifra não
cobria o possível conflito com o
Iraque.
De acordo com o IISS, os combates provavelmente custarão
menos do que os da Guerra do
Golfo (1991). O relatório citou
uma estimativa da comissão de
Orçamento do Congresso dos
EUA, que avaliou o custo em US$
33 bilhões, contra os US$ 61 bilhões gastos em 1991, que equivalem a US$ 78 bilhões hoje.
O relatório disse que os custos,
hoje, serão mais baixos por várias
razões: a força americana enviada
ao Iraque será menor; há menos
alvos no Iraque hoje; as armas
americanas estão mais precisas; e
os custos de transporte serão menores, porque já há soldados e
equipamentos na região.
Bush disse que ainda não tomou a decisão de recorrer à força
para desarmar Saddam Hussein.
Mas o número de soldados americanos na região do golfo Pérsico já
passa de 110 mil e deve alcançar os
150 mil até 15 de fevereiro, informou um alto funcionário do governo americano.
Até o início de março, a força
americana na região já deve ser de
mais de 200 mil homens. Na
Guerra do Golfo, em 1991, os EUA
enviaram 500 mil soldados ao teatro da guerra.
O Reino Unido informou que
deve ter cerca de 40 mil homens
na região para se participar da
possível ofensiva.
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