DA REDAÇÃO

Os médicos da clínica em Udine, nordeste da Itália, onde está internada Eluana Englaro, há 17 anos em coma após um acidente de carro, interromperam completamente, ontem, o processo de alimentação e hidratação artificial que a mantém viva.
A informação foi dada pelo canal de televisão italiano "Sky TG24", segundo o qual a equipe médica decidiu adiantar a suspensão definitiva da alimentação de Englaro, que inicialmente sofreria cortes graduais.
A decisão se segue a manobras do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, para tentar barrar a eutanásia de Englaro, apesar de a família da paciente ter conseguido ganho de causa na mais alta corte da Itália, há três meses.
Anteontem, a coalizão governista aprovou decreto-lei que proibia a interrupção de alimentação. O presidente da República, Giorgio Napolitano, no entanto, se negou a assinar o decreto. Berlusconi apresentou então o mesmo texto como projeto de lei comum, e iniciou uma corrida para tentar aprová-lo.
O primeiro-ministro disse ontem que os médicos agem com "crueldade" ao cortar bruscamente a alimentação de Englaro, e se disse surpreendido com a "pressa" da equipe médica.

Com agências internacionais


Texto Anterior: Biden rejeita "esfera de influência" russa
Próximo Texto: Madagascar: Polícia mata 25 em protesto contra governo
Índice