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São Paulo, sábado, 08 de março de 2003

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ORIENTE MÉDIO

Soldados se instalam na região; atentado mata 3 na Cisjordânia

Israel faz "zona de segurança" em Gaza

DA REDAÇÃO

Israel ocupou ontem uma área ao norte da faixa de Gaza, numa operação para estabelecer uma "zona de segurança" e impedir ataques palestinos com foguetes.
Ainda não está claro por quanto tempo os militares pretendem manter a sua presença na região, perto de Beit Hanoun e do campo de refugiados de Jabalya. "Vamos ficar pelo tempo que for necessário (...) e, se decidirmos controlar esse território por um longo tempo, nós o faremos", disse o coronel Yoel Strick, comandante da brigada do norte de Gaza.
Caso o Exército receba ordens de permanecer, a operação marcaria uma mudança na estratégia israelense. Na Intifada (levante contra a ocupação, iniciado em setembro de 2000), o país tem reocupado cidades inteiras da Cisjordânia sob controle da Autoridade Nacional Palestina (ANP) -afirmando estar combatendo o terrorismo. Em Gaza, porém, seus soldados fazem incursões pontuais para capturar militantes, destruir casas de suicidas e fábricas de armas em Gaza, retirando-se após completadas as missões.
Três israelenses foram mortos ontem por dois militantes palestinos que entraram disfarçados de seminaristas judeus na colônia de Kiryat Arba, na Cisjordânia. Os agressores morreram na troca de tiros. Outros dois palestinos tentaram entrar em outro assentamento e morreram baleados.
Na faixa de Gaza, três membros do Jihad Islâmico morreram em choque com as tropas israelenses perto da colônia de Netzarim.
A decisão de enviar cerca de cem tanques e blindados à região na noite de quinta foi tomada após três mísseis Qassam disparados pelo grupo extremista Hamas terem caído, sem ferir ninguém, na cidade israelense de Sderot.
Autoridades militares disseram que parte deles haviam partido do campo de Jabalya, numa ação palestina em resposta a uma operação israelense que deixou 11 palestinos mortos e 140 feridos.
A escalada da violência começou na quarta, quando um suicida palestino explodiu um ônibus em Haifa, matando 15 pessoas e interrompendo um período de dois meses sem atentados do tipo.


Com agências internacionais


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