|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ORIENTE MÉDIO
Soldados se instalam na região; atentado mata 3 na Cisjordânia
Israel faz "zona de segurança" em Gaza
DA REDAÇÃO
Israel ocupou ontem uma área
ao norte da faixa de Gaza, numa
operação para estabelecer uma
"zona de segurança" e impedir
ataques palestinos com foguetes.
Ainda não está claro por quanto
tempo os militares pretendem
manter a sua presença na região,
perto de Beit Hanoun e do campo
de refugiados de Jabalya. "Vamos
ficar pelo tempo que for necessário (...) e, se decidirmos controlar
esse território por um longo tempo, nós o faremos", disse o coronel Yoel Strick, comandante da
brigada do norte de Gaza.
Caso o Exército receba ordens
de permanecer, a operação marcaria uma mudança na estratégia
israelense. Na Intifada (levante
contra a ocupação, iniciado em
setembro de 2000), o país tem
reocupado cidades inteiras da
Cisjordânia sob controle da Autoridade Nacional Palestina (ANP)
-afirmando estar combatendo o
terrorismo. Em Gaza, porém, seus
soldados fazem incursões pontuais para capturar militantes,
destruir casas de suicidas e fábricas de armas em Gaza, retirando-se após completadas as missões.
Três israelenses foram mortos
ontem por dois militantes palestinos que entraram disfarçados de
seminaristas judeus na colônia de
Kiryat Arba, na Cisjordânia. Os
agressores morreram na troca de
tiros. Outros dois palestinos tentaram entrar em outro assentamento e morreram baleados.
Na faixa de Gaza, três membros
do Jihad Islâmico morreram em
choque com as tropas israelenses
perto da colônia de Netzarim.
A decisão de enviar cerca de
cem tanques e blindados à região
na noite de quinta foi tomada
após três mísseis Qassam disparados pelo grupo extremista Hamas
terem caído, sem ferir ninguém,
na cidade israelense de Sderot.
Autoridades militares disseram
que parte deles haviam partido do
campo de Jabalya, numa ação palestina em resposta a uma operação israelense que deixou 11 palestinos mortos e 140 feridos.
A escalada da violência começou na quarta, quando um suicida
palestino explodiu um ônibus em
Haifa, matando 15 pessoas e interrompendo um período de dois
meses sem atentados do tipo.
Com agências internacionais
Texto Anterior: América Latina: Brasil pode virar Colômbia, alerta Uribe Próximo Texto: Al Qaeda: EUA negam rumores sobre Bin Laden Índice
|