São Paulo, quarta-feira, 08 de abril de 2009

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Após pedir diálogo, Fidel vê legisladores dos EUA

"Como podemos ajudar o presidente Obama?", pergunta

DA REPORTAGEM LOCAL

Após se reunir com o líder máximo de Cuba, Raúl Castro, uma delegação de congressistas americanos encontrou-se ontem com Fidel Castro, num movimento para reforçar a mensagem do ex-ditador de que o regime quer diálogo com os EUA de Barack Obama, desde que respeitado o direito de "autodeterminação" da ilha.
A congressista democrata Babara Lee disse que Fidel pareceu "muito ativo". "É hora de falar com Cuba", disse ela, que liderou o grupo do bloco de legisladores negros do Congresso em visita a ilha. A democrata Laura Richardson contou que o ex-ditador lhe perguntou: "Como podemos ajudar o presidente Obama [a mudar a política para a ilha]?".
O grupo chegou a Havana no sábado e esteve com Raúl por quatro horas anteontem para enfatizar "a possível futura evolução das relações bilaterais e os vínculos econômicos" com os EUA, escreveu o jornal oficial "Granma", que sublinhou que o dirigente está aberto a falar de "qualquer assunto".
Os encontros ocorrem em meio à revisão da política para a lha por Obama -o fim do embargo não está na mesa, e o governo cobra mudança democrática em Havana- e quando assessores sugerem que o presidente pode retirar todas as restrições a viagens e remessas de cubano-americanos a Cuba antes da Cúpula das Américas, no próximo dia 17. Cuba não participa do evento, em Trinidad e Tobago, e o tema, apesar do protesto da Venezuela, não está na declaração final.
"É tudo muito incipiente. As reuniões em Havana são uma forma de não fechar nenhuma porta, alentar os que pressionam por mudanças em Washington sem se comprometer concretamente com nada", diz o sociólogo cubano-americano Samuel Farber.


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