São Paulo, quinta-feira, 08 de abril de 2010

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País é escala dos EUA rumo ao Afeganistão

DA REDAÇÃO

Embora seja um país pobre e localizado em uma região montanhosa à primeira vista pouco atrativa da Ásia central, o Quirguistão é considerado um país-chave pelas três potências que o cercam: Rússia, EUA -presente no Afeganistão- e a China.
Para Moscou, por integrar o que considera sua zona de influência natural, ser ex-república da União Soviética e abrigar há sete anos uma base militar russa, a primeira a ser aberta pelo país no exterior depois da queda da potência comunista, em 1991.
A Rússia é ainda o principal destino dos imigrantes quirguizes, cujas remessas respondem por 40% do PIB do seu país.
Os EUA fizeram do Quirguistão estratégico entreposto para o abastecimento de suas forças militares no Afeganistão ao alugar base aérea na cidade de Manas -e, assim, podem contornar as rotas mais sujeitas a ataques, como via Paquistão.
A incomum presença militar simultânea de Rússia e EUA permite a Bishkek barganhar regalias dos dois lados, como ocorreu no ano passado, quando ameaçou fechar a base aos americanos para obter mais recursos do aliado.
Já o interesse de Pequim decorre da fronteira que o Quirguistão, cuja população é majoritariamente muçulmana, possui com a Província de Xinjiang, palco de violentos conflitos étnicos no ano passado envolvendo a minoria muçulmana uigur.

Com agências internacionais



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