São Paulo, quinta-feira, 08 de abril de 2010

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Parlamento é invadido, e estado de exceção é decretado na Tailândia

Líder da oposição, que protesta há um mês, promete "declaração de guerra"

DA REDAÇÃO

O premiê da Tailândia, Abhisit Vejjajiva, declarou estado de exceção ontem na capital, Bancoc, após cerca de 5.000 manifestantes antigoverno terem invadido o Parlamento. Alguns parlamentares escalaram um muro para fugir num helicóptero. Os manifestantes deixaram o local 20 minutos depois.
É a segunda vez que o governo tailandês recorre ao estado de exceção para conter os protestos. A primeira foi em abril de 2009, quando os chamados "camisas vermelhas" invadiram um evento internacional.
O estado de exceção permite ao Exército assumir a segurança, proibir protestos, declarar toque de recolher e impedir a mídia de divulgar notícias que possam "gerar pânico".
Os protestos já duram quatro semanas nas quais os "camisas vermelhas" chegaram a jogar litros do próprio sangue na sede do governo e na casa do premiê, de quem exigem renúncia. Partidários do ex-premiê Thaksin Shinawatra, deposto em 2006 e hoje em exílio, eles pedem eleições antecipadas.
Em negociações exibidas na TV, eles rejeitaram proposta de dissolver o Parlamento em dezembro, um ano antes do previsto. Para hoje, os camisas vermelhas -que ocupam o centro comercial de Bancoc desde sábado- prometem seu maior ato. "Vamos declarar guerra", disse Arisman Pongruangrong, um dos líderes do movimento.
O premiê, que trabalha numa instalação militar por razões de segurança, foi à TV, horas após a invasão do Parlamento, dizer que o governo não deve usar a força para dispersar a multidão.

Com agências internacionais



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