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CRIME
Apesar da morte do líder da extrema direita, data do pleito é confirmada
Crise não muda eleição holandesa
DA REDAÇÃO
Os líderes políticos holandeses
decidiram ontem que a data da
eleição legislativa que definirá o
novo premiê do país será mantida
apesar do choque provocado pelo
assassinato do líder de extrema
direita Pim Fortuyn. O pleito
ocorrerá em 15 de maio.
Fortuyn foi morto anteontem
em Hilversum (centro). A polícia
deteve um suspeito logo após o
crime. Segundo disse Jim Janssen
van Raaij, membro do partido de
Fortuyn, à agência de notícias
France Presse, o suspeito se chama Volkert van der Graaf, um defensor dos direitos dos animais.
Em Roterdã, onde o partido de
Fortuyn conquistou 35% do eleitorado -com uma plataforma
abertamente antiimigração- em
março passado, milhares de pessoas colocaram flores e acenderam velas em frente à casa dele.
A imprensa local não divulgou o
nome completo do suspeito porque a lei do país a impede de fazê-lo, mas disse que se tratava de
Volkert van der G., 32. Segundo a
mídia, ele é casado e tem um filho,
além de já ter trabalhado para o
grupo Ofensiva Ambientalista.
A polícia disse ter achado munição na casa dele. Era do mesmo tipo da que tinha sido usada para
matar Fortuyn, segundo a polícia.
Foram encontrados ainda livros e
revistas sobre a defesa da natureza
e dos direitos dos animais.
O líder da italiana Liga Norte,
Umberto Bossi, que faz parte do
gabinete de Silvio Berlusconi e defende a restrição da imigração,
afirmou que o assassinato de Fortuyn ocorrera por causa da campanha de "demonização" orquestrada pela esquerda contra os movimentos de extrema direita.
Com agências internacionais
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