São Paulo, quinta-feira, 08 de maio de 2008

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análise

Desconfiança de Moscou é maior nos EUA

DO "FINANCIAL TIMES"

Ao tomar posse como presidente russo, Dmitri Medvedev é visto pelos Estados Unidos com uma suspeição inédita desde o colapso da União Soviética, em 1991. Randy Scheunemann, um dos principais assessores do pré-candidato republicano, John McCain, defendeu a limitação da cooperação entre Washington e Moscou. Barack Obama e Hillary Clinton, os concorrentes democratas, têm opiniões bastante parecidas.
A administração Bush incrementou as relações com Moscou nos últimos seis meses, apesar de não ter conseguido trabalhar com o governo russo em algumas questões bilaterais. O governo americano também se preocupa com tensões que podem levar a conflito armado entre a Rússia e a Geórgia.
A Casa Branca, mesmo censurando a Rússia por questões de política interna, tem insistido nas coincidências ao tratar problemas como o programa nuclear iraniano. Esse posicionamento não é compartilhado pela assessoria de McCain.
Ela acredita ser preciso "ultrapassar" as resoluções do Conselho de Segurança da ONU e trabalhar com outros países para impor sanções.
Por muitos anos, McCain também tem defendido a idéia de excluir a Rússia do G8 (grupo de países mais industrializados). Mark Medish, assessor de Hillary, descarta a alternativa radical.
Hillary e Obama descreveram Medvedev como um provável pau-mandado de Putin e disseram que adotarão posições mais duras quanto ao desrespeito dos direitos humanos.
Um assessor de Obama criticou a "burocracia corrupta" daquele país.


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