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Garrafas d'água esvaziam Times Square
"Pacote suspeito" deixado nas cercanias do local do atentado frustrado da semana passada volta a alarmar Nova York
Paquistanês acusado pela explosão malsucedida do sábado passado diz ter se inspirado em imã que teria influenciado outros ataques
CRISTINA FIBE
DE NOVA YORK
Um "cooler" com garrafas
d'água fez com que a Times
Square, um dos locais mais movimentados de Nova York, fosse parcialmente evacuada ontem, por volta das 13h locais
(14h no Brasil).
O "pacote suspeito" foi deixado na rua 46 com a Broadway, a poucos metros do ponto
em que, há uma semana, um
Nissan Pathfinder foi encontrado com uma bomba.
Ontem, ao ser avisada de que
um "cooler" havia sido abandonado junto a uma sacola de
compras, a polícia fechou três
quarteirões para pedestres e
carros. Os prédios não chegaram a ser evacuados.
A sacola continha livros, mas
o "resultado do raio-X do "cooler" foi inconclusivo", nas palavras do porta-voz da polícia.
Daí a necessidade de convocar
a equipe antibombas para examinar a caixa com as garrafas.
O alarme durou cerca de 90
minutos. As quadras entre as
ruas 44 e 47 e as avenidas
Broadway e Sétima foram então liberadas. Foi o segundo
susto do dia na Times Square.
Horas antes, pela manhã, um
vendedor chamou a polícia
após suspeitar de uma pequena
mala de mão preta, deixada
perto de uma lata de lixo, na 45
com a Oitava avenida.
A área foi evacuada, e o esquadrão antibombas foi chamado. Encontrou uma camiseta cinza, meias, canetas e uma
escova de dentes.
À tarde, depois dos dois alertas na Times Square, um caminhão na rua 45 com a Décima
avenida também foi investigado, em mais um alarme falso.
Segundo o porta-voz da polícia, os alertas sobre "pacotes
suspeitos" cresceram cerca de
30% nesta semana.
O governo dos EUA ainda
não conseguiu determinar qual
organização terrorista está por
trás da tentativa de explodir a
bomba na Times Square.
Faisal Shahzad, 30, principal
suspeito, afirmou ter se inspirado em vídeos do imã Anwar al
Aulaqi, que já esteve associado
aos autores do massacre na base militar de Fort Hood, no Texas, e da tentativa de explodir
um voo americano no Natal.
Shahzad, embora não tenha
tido contato direto com o religioso, esteve associado a pelo
menos uma pessoa diretamente ligada a Aulaqi, segundo investigadores.
O americano radicado no Iêmen, conhecido por seus posts
na web que incentivam a violência contra o Ocidente, é tido
nos EUA como um recrutador
de membros da Al Qaeda.
Aulaqi foi incluído em lista
de procurados da CIA depois
que o governo Obama autorizou o seu assassinato, em abril.
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