São Paulo, sábado, 08 de junho de 2002

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EUA enviaram 1.200 soldados ao país

DA REDAÇÃO

Cerca de 1.200 soldados americanos estão nas Filipinas como parte da guerra global contra o terrorismo lançada pelo presidente George W. Bush após os ataques de 11 de setembro. Os EUA acusam o grupo radical islâmico Abu Sayyaf, que atua no sul das Filipinas, de manter vínculos com a rede terrorista Al Qaeda, do saudita Osama bin Laden.
A frente filipina foi a única aberta até agora na guerra contra o terrorismo fora do Afeganistão.
Na terça-feira, o secretário da Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, disse que ainda não havia se decidido sobre uma proposta de envolver diretamente os militares americanos na luta contra a guerrilha islâmica filipina. Rumsfeld fez a afirmação após declarações da presidente filipina, Gloria Arroyo, sugerindo que os dois países haviam chegado a um acordo para ações conjuntas contra o Abu Sayyaf no sul do país.
A participação americana na ação de ontem foi negada, tanto pelos EUA quanto pelas Filipinas. Segundo o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas dos EUA, Richard Myers, os soldados americanos também não tiveram participação no planejamento da ação. Segundo ele, o treinamento dado às tropas filipinas desde fevereiro não tinha como objetivo a libertação de reféns.
"O treinamento era mais geral. Não foi direcionado para resgate de reféns", disse Myers.
O secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, disse esperar que o combate ao Abu Sayyaf continue. "A presidente Arroyo, uma leal aliada na luta global contra o terrorismo, expressou sua inabalável determinação de buscar a Justiça e destruir os terroristas do Abu Sayyaf", disse Powell. "Os EUA apóiam a presidente Arroyo, as Forças Armadas e o povo das Filipinas nesta causa justa", disse.
O porta-voz do Departamento de Estado, Richard Boucher, disse não poder confirmar se o governo americano havia sido informado antecipadamente sobre os planos para o resgate, mas disse que acreditava que sim, dada a cooperação militar entre os dois países. "Mas foi uma operação militar filipina, conduzida pelos militares filipinos", afirmou.


Com agências internacionais

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