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Iraquianos concordam em desmontar milícias
DA REDAÇÃO
O governo interino do Iraque,
que toma posse dia 30, anunciou
ontem um acordo para desmantelar nove milícias ligadas a partidos políticos e assegurar para si o
controle de todas as operações
militares iraquianas. Mas o tratado não inclui a milícia do clérigo
radical xiita Moqtada al Sadr, que,
desde abril, combate as tropas
americanas no sul do país.
Segundo o premiê interino,
Iyad Allawi, o acordo prevê que
100 mil milicianos retomem a vida civil, mediante o recebimento
de pensão, ou passem a integrar a
polícia ou o Exército até 2005. Os
grupos que não entraram no
acordo se tornam ilegais.
Os grupos envolvidos são controlados por partidos políticos, e
nenhum impôs resistência ao governo. "A conclusão dessas negociações marca uma reviravolta no
cumprimento da lei ao colocar todos os grupos armados sob controle do Estado e fortalecer a segurança no Iraque", disse Allawi.
O maior obstáculo à transição
política no Iraque é a violência, e a
milícia de Al Sadr tem sido um foco de tensão nesse cenário.
Um depósito de armas do grupo
explodiu perto da principal mesquita de Kufa. Segundo hospitais,
uma pessoa morreu. Nove teriam
ficado feridas. A milícia acusou os
americanos de causarem a explosão com um míssil, mas o comando dos EUA nega que tivesse homens na cidade.
Também ontem, um soldado
americano foi morto em um ataque a bomba na região de Fallujah
(oeste). Em Bagdá, Shahir Faisal
Shahir, um dirigente do Conselho
Supremo para a Revolução Islâmica no Iraque, foi morto a tiros
por homens não identificados.
Um relatório divulgado ontem
por inspetores de armas da ONU
afirma que locais e equipamentos
que podem ter sido usados para a
produção de armas proibidas no
Iraque foram destruídos ou esvaziados, advertindo que eles podem ter sido saqueados após a invasão anglo-americana, em março de 2003. O suposto arsenal foi
uma das justificativas para a guerra, mas, até hoje, nenhum indício
de sua existência foi encontrado.
Com agências internacionais
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