São Paulo, quarta-feira, 08 de junho de 2011

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Presidente eleito pede calma aos peruanos

Bolsa teve alta ontem, recuperando-se da forte queda do primeiro dia após a eleição

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O presidente eleito do Peru, Ollanta Humala, pediu ontem "calma" em relação à sua vitória e às perspectivas de seu governo.
A Bolsa de Valores de Lima subiu ontem 6,97% , recuperando parte das perdas registradas na segunda-feira, quando despencou 12,51%.
Era indicação de rejeição dos mercados à eleição do candidato nacionalista que derrotou Keiko Fujimori. Foi uma das maiores quedas na história do país.
Os investidores encaram com desconfiança a perspectiva de condução das políticas econômicas por parte de Humala, cuja imagem é associada à esquerda. É aliado, por exemplo, do presidente venezuelano, Hugo Chávez.
Na campanha, Humala procurou se distanciar da imagem de radical e acenou com um governo moderado, tendo Lula como modelo.
Ontem, ele afirmou que fará suas próprias escolhas e que não seguirá o modelo adotado por Chávez.
A recuperação da Bolsa ontem, após a abrupta queda de segunda, se deve em parte pela oportunidade que se abriu para a compra de papéis de boas empresas por valor menor.
Outra razão foi a manutenção de perspectiva positiva para a economia peruana por parte das agências de classificação de risco.
Dirigentes de associações empresariais pressionam Humala a "tranquilizar o mercado", anunciando imediatamente os nomes responsáveis pela condução da economia em seu governo.
A aliança partidária do presidente, a "Gana Perú", afirmou que essa decisão sairá nos próximos dias.
O ex-presidente Alejandro Toledo, candidato eliminado no primeiro turno que declarou apoio a Humala no segundo, pediu ontem que deixem o novo presidente trabalhar "tranquilo".
O presidente da OEA (Organização dos Estados Americanos), José Miguel Insulza, afirmou esperar que seja "temporária" a reação negativa dos mercados.


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