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RIVALIDADE ASIÁTICA
Chancelaria paquistanesa acusa a rival Índia pelo atentado; governo indiano rejeita acusações
Bomba mata 23 em trem do Paquistão
das agências internacionais
Uma bomba que explodiu ontem em um trem na Província de
Sindh, sul do Paquistão, matou 23
pessoas e deixou 32 feridos. O governo paquistanês acusou o serviço secreto indiano pelo atentado.
"A explosão foi obviamente um
ato terrorista patrocinado pelo
RAW (Braço de Pesquisa e Análise
-serviço de inteligência indiano)
que resultou no fim de 23 vidas
preciosas", disse o Ministério das
Relações Exteriores do Paquistão
por meio de um comunicado.
Segundo Mushahid Hussein,
ministro da Informação paquistanês, as autoridades teriam "evidências contundentes" do envolvimento da Índia no atentado.
A chancelaria indiana rebateu as
acusações classificando-as de "infundadas e falsas".
A explosão de ontem, ocorrida
em um trem que ia de Karachi (sul
do país) para Peshawar (norte),
foi a terceira desde a última quinta-feira, quando uma bomba colocada em um cinema matou uma
pessoa e feriu dez.
A troca de acusações elevou a
temperatura da região, uma das
mais tensas do planeta.
Índia e Paquistão já travaram
três guerras desde que se tornaram independentes, em 1947. Os
dois países disputam até hoje o
controle de parte da região da Caxemira, sob domínio indiano e
reivindicada pelo Paquistão.
No mês passado, a Índia e o Paquistão realizaram testes nucleares detonando críticas da comunidade internacional. Ontem, os
dois países criticaram a resolução
do Conselho de Segurança da
ONU que os exortou a não efetuar
mais explosões nucleares.
"Lamentamos o fato", disse o
governo paquistanês. "Achamos
grotesco o modo como o Conselho de Segurança agiu", disse a
Índia.
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