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EUA não tinham autorização para
retirar urânio do Iraque, diz ONU
DA REDAÇÃO
O governo americano não foi
autorizado a retirar um carregamento de urânio e outros materiais radioativos do Iraque e enviá-lo secretamente aos EUA, segundo funcionários da AIEA
(Agência Internacional de Energia Atômica), ligada à ONU.
Cerca de duas toneladas de urânio (pouco enriquecido) e mil
itens radioativos mantidos sob
controle da AIEA no complexo
nuclear de Tuwaitha, ao sul de
Bagdá, foram transferidos do Iraque para os EUA no mês passado.
"Autoridades americanas apenas nos informaram sobre sua intenção de remover os materiais,
mas não pediram autorização a
nós", disse Gustavo Zlauvinen,
chefe da AIEA em Nova York.
O secretário de Energia dos
EUA, Spencer Abraham, descreveu a retirada do carregamento
como uma "grande conquista" no
objetivo de "manter material nuclear perigoso longe das mãos de
terroristas". A transferência terminou em 23 de junho, cinco dias
antes dos EUA passarem o poder
ao governo interino iraquiano.
Segundo uma fonte na ONU, o
material nuclear pertence ao Iraque e estava sob supervisão da
AIEA. O Departamento de Energia dos EUA diz ter informado as
autoridades iraquianas interinas
previamente.
Em 1992, após a Guerra do Golfo (1991), todo o urânio enriquecido iraquiano que poderia servir
para a produção de armas nucleares foi enviado para a Rússia, por
determinação da ONU, que proibiu o país de manter programas
de armas de destruição em massa.
O carregamento não tem relação com a suposta existência de
armas de destruição em massa no
Iraque, justificativa americana
para atacar o país. Até hoje, os
EUA não acharam indícios da
presença dessas armas no Iraque.
Com agências internacionais
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