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MISSÃO DE PAZ
Além do brasileiro, também estão no país ministros do Chile e do Uruguai, que integram a força internacional
Viegas começa visita de dois dias ao Haiti
DA REDAÇÃO
O ministro da Defesa do Brasil,
José Viegas Filho, e seus colegas
do Chile e do Uruguai chegaram
ontem ao Haiti para uma visita de
dois dias às tropas de seus países,
que integram a força internacional de paz montada pelas Nações
Unidas para ajudar na estabilização da nação caribenha.
Viegas, o comandante do Exército brasileiro, general-de-exército Francisco Roberto de Albuquerque, e os ministros Michelle
Bachelet (Chile) e Yamandú Fau
(Uruguai) foram recebidos no aeroporto da capital, Porto Príncipe, por cerca de 50 oficiais militares das forças da ONU, incluindo
o comandante das tropas, o general brasileiro Augusto Heleno Ribeiro Pereira.
Segundo o coronel Gaston Irigoyen, porta-voz da ONU, os ministros deveriam se encontrar
ainda ontem com o primeiro-ministro do governo provisório haitiano, Gérard Latortue. Depois,
iriam visitar suas respectivas tropas em diferentes partes do país.
O porta-voz afirmou que, até
agora, já chegaram ao Haiti cerca
de 2.200 homens dos 6.700 militares e 1.622 policiais civis que integrarão a força internacional -os
demais chegarão até o começo de
agosto. Brasil, Chile e Canadá são
os países que enviarão o maior
número de homens.
A maior parte dos brasileiros está em Porto Príncipe. Os chilenos
foram destacados para Cabo Haitiano, a segunda maior cidade do
país. Os canadenses ficaram com
Gonaives (nordeste).
Apesar de os uruguaios terem
chegada prevista somente para o
final deste mês, o ministro Fau decidiu viajar para conhecer os locais onde eles farão patrulhamento.
Segundo o tenente uruguaio
Paul Rossi, as tropas do país vão
para a região de Les Cayes, cerca
de 240 km a oeste da capital.
Hoje deve chegar ao Haiti o subsecretário para assuntos internacionais do Tesouro dos EUA,
John Taylor. Segundo o representante do governo americano, será
necessário mais de US$ 1 bilhão
para a reconstrução do país. O
Haiti é a nação mais pobre do hemisfério Ocidental, de acordo
com dados do Banco Mundial.
Taylor disse que as obras prioritárias dentro do pacote de ajuda
econômica são a construção de
estradas e escolas e investimentos
na rede elétrica. No próximo dia
20, haverá uma conferência, na
sede do Banco Mundial em Washington, que reunirá doadores internacionais.
A atual crise do Haiti teve início
em janeiro, quando grupos guerrilheiros começaram a tomar o
controle de cidades do país e a rumar em direção à capital. Depois
de semanas de conflitos, o presidente Jean-Bertrand Aristide assinou uma carta de renúncia (em 29
de fevereiro) e deixou o país em
um vôo arranjado pelos EUA rumo à República Centro-Africana.
Ao chegar lá, Aristide disse que
havia sido seqüestrado por soldados americanos. Ele acusou os Estados Unidos e a França de patrocinarem um golpe para tirá-lo do
poder. Os dois países negaram a
acusação.
Ontem, em Granada, no término de uma cúpula da Comunidade Caribenha, líderes de 15 países
decidiram enviar cinco chanceleres ao Haiti para discutir com Latortue as condições para o restabelecimento de relações entre o
país e o organismo. O governo
provisório havia suspendido sua
filiação à comunidade após a Jamaica ter dado abrigo temporário
a Aristide. Segundo o governo, a
presença do ex-presidente em um
país próximo aumentava a instabilidade no Haiti.
Com agências internacionais
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