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ELEIÇÃO NOS EUA
Maioria aprova John Edwards como vice
Se eleito, Kerry vai procurar países da AL para derrubar Fidel do poder
DA REDAÇÃO
O senador John Kerry, virtual
candidato do Partido Democrata
à Presidência dos EUA, pretende,
se eleito, definir uma linha de
ação com países da América Latina para acabar com a ditadura de
Fidel Castro em Cuba.
"Kerry disse que dará uma
abordagem aos problemas com
Cuba similar àquela que adotará
em outras questões internacionais", afirmou José Villareal, co-presidente da equipe que faz a
campanha do candidato democrata. "[A abordagem] consiste
em convidar a comunidade internacional, principalmente os países latino-americanos, para tratar
de elaborar uma estratégia que
acabe de uma vez por todas com a
ditadura de Cuba."
Um dia após ter indicado o senador pela Carolina do Norte
John Edwards como seu candidato a vice-presidente, Kerry já iniciou a busca de votos junto com o
seu ex-adversário durante as primárias democratas. A jornada começou pela manhã, na Pensilvânia, onde os dois apareceram ao
lado de suas mulheres e filhos
diante dos repórteres.
Em seguida, viajaram para
Ohio, Estado que será decisivo na
disputa eleitoral deste ano. Em
Cleveland, diante de uma imensa
faixa com os dizeres "Kerry e Edwards: um novo time para uma
nova América", o senador por
Massachusetts disse que ele e seu
companheiro formam uma "chapa dos sonhos".
"Temos uma visão melhor,
idéias melhores, uma noção melhor do que está acontecendo com
a América", afirmou Kerry. "E temos cabelos melhores", acrescentou, brincando, em alusão à calvície do vice-presidente Dick Cheney, companheiro de chapa de
George W. Bush em novembro.
Além de Ohio, a primeira turnê
conjunta dos dois vai passar, durante quatro dias, por Flórida,
Novo México, Virgínia Ocidental,
encerrando-se no Estado de Edwards.
Ontem, em campanha na Carolina do Norte, o presidente George W. Bush não deixou passar a
oportunidade de dar uma estocada no senador do Estado. Quando
perguntado por um repórter como Cheney se comparava a Edwards, Bush disse apenas "Dick
Cheney pode ser presidente", alusão à inexperiência política do
companheiro de Kerry. Até agora,
o currículo público de Edwards
inclui apenas a eleição em 1998
para o Senado.
Apesar disso, a escolha de Kerry
parece ter sido bem aceita pela
população. Uma pesquisa do Gallup para o jornal "USA Today" e
para a rede de TV CNN indicou
que 64% dos eleitores registrados
consideram a seleção de Kerry como um sinal positivo de sua capacidade de tomar decisões importantes na Casa Branca.
Mas dois de cada três entrevistados disseram que a indicação de
Edwards não afetará sua decisão
de voto em novembro. A pesquisa
entrevistou 553 pessoas e tem
uma margem de erro de cinco
pontos percentuais, para mais ou
para menos.
Com agências internacionais
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