São Paulo, quinta-feira, 08 de julho de 2004

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ELEIÇÃO NOS EUA

Maioria aprova John Edwards como vice

Se eleito, Kerry vai procurar países da AL para derrubar Fidel do poder

DA REDAÇÃO

O senador John Kerry, virtual candidato do Partido Democrata à Presidência dos EUA, pretende, se eleito, definir uma linha de ação com países da América Latina para acabar com a ditadura de Fidel Castro em Cuba.
"Kerry disse que dará uma abordagem aos problemas com Cuba similar àquela que adotará em outras questões internacionais", afirmou José Villareal, co-presidente da equipe que faz a campanha do candidato democrata. "[A abordagem] consiste em convidar a comunidade internacional, principalmente os países latino-americanos, para tratar de elaborar uma estratégia que acabe de uma vez por todas com a ditadura de Cuba."
Um dia após ter indicado o senador pela Carolina do Norte John Edwards como seu candidato a vice-presidente, Kerry já iniciou a busca de votos junto com o seu ex-adversário durante as primárias democratas. A jornada começou pela manhã, na Pensilvânia, onde os dois apareceram ao lado de suas mulheres e filhos diante dos repórteres.
Em seguida, viajaram para Ohio, Estado que será decisivo na disputa eleitoral deste ano. Em Cleveland, diante de uma imensa faixa com os dizeres "Kerry e Edwards: um novo time para uma nova América", o senador por Massachusetts disse que ele e seu companheiro formam uma "chapa dos sonhos".
"Temos uma visão melhor, idéias melhores, uma noção melhor do que está acontecendo com a América", afirmou Kerry. "E temos cabelos melhores", acrescentou, brincando, em alusão à calvície do vice-presidente Dick Cheney, companheiro de chapa de George W. Bush em novembro.
Além de Ohio, a primeira turnê conjunta dos dois vai passar, durante quatro dias, por Flórida, Novo México, Virgínia Ocidental, encerrando-se no Estado de Edwards.
Ontem, em campanha na Carolina do Norte, o presidente George W. Bush não deixou passar a oportunidade de dar uma estocada no senador do Estado. Quando perguntado por um repórter como Cheney se comparava a Edwards, Bush disse apenas "Dick Cheney pode ser presidente", alusão à inexperiência política do companheiro de Kerry. Até agora, o currículo público de Edwards inclui apenas a eleição em 1998 para o Senado.
Apesar disso, a escolha de Kerry parece ter sido bem aceita pela população. Uma pesquisa do Gallup para o jornal "USA Today" e para a rede de TV CNN indicou que 64% dos eleitores registrados consideram a seleção de Kerry como um sinal positivo de sua capacidade de tomar decisões importantes na Casa Branca.
Mas dois de cada três entrevistados disseram que a indicação de Edwards não afetará sua decisão de voto em novembro. A pesquisa entrevistou 553 pessoas e tem uma margem de erro de cinco pontos percentuais, para mais ou para menos.


Com agências internacionais


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