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Grupo islâmico francês resiste à proibição do véu
DO "EL PAÍS"
Desafiando a lei de março deste
ano que proíbe o uso de símbolos
religiosos -que incluem o véu islâmico- nas escolas públicas
francesas, a União das Organizações Islâmicas da França tem difundido uma "carta aos muçulmanos", exortando que as alunas
desta religião se apresentem nos
colégios com "a vestimenta que
elegeram".
A carta não é uma convocação
incendiária, mas sim uma incitação às famílias para que as meninas muçulmanas não abandonem
os estudos, sem renunciar ao uso
do véu islâmico. Em caso de
"constrangimento", que as deixe
fora do sistema educativo, "nós
estaremos igualmente a seu lado
para proporcionar um apoio escolar que permita a vocês continuarem com seus estudos, na espera de que sejam restabelecidos
seus direitos", diz a organização.
De acordo com um informe policial, 1.256 meninas usavam o véu
islâmico no primeiro trimestre do
último ano escolar. Outras fontes
acreditam que os números reais
sejam bem maiores.
Com a volta das aulas, em setembro, virá a hora da verdade: há
risco de expulsão de centenas de
alunas, caso os centros educacionais sejam rígidos na aplicação da
lei, que veta também símbolos de
outras religiões. Um grupo de
imãs (clérigos islâmicos) informou que, em uma reunião recente, discutiram a escolarização de
muçulmanas até em instituições
católicas, uma vez que a proibição
afeta somente as escolas públicas
laicas.
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