São Paulo, terça-feira, 08 de agosto de 2006

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GUERRA NO ORIENTE MÉDIO

ONG acusa Hizbollah de crimes de guerra

Após condenar Israel, Human Rights Watch ataca grupo por mortes de civis

Para organização, foguetes alvejam hospitais e escolas; grupo é acusado de usar artifício em bombas para causar prejuízos maiores


DA REDAÇÃO

Em relatório divulgado no último fim de semana, a ONG americana Human Rights Watch acusa o grupo Hizbollah de cometer crime de guerra ao lançar foguetes contra áreas civis de Israel, exortando-o a "parar imediatamente".
"Lançar foguetes cegamente contra áreas civis é sem dúvida crime de guerra", diz Kenneth Roth, diretor-executivo da ONG. "Nada pode justificar essa agressão aos princípios mais fundamentais de poupar os civis dos danos de guerras."
Segundo a organização, apesar de o grupo terrorista alegar que vários de seus ataques têm como alvo bases militares, "a maioria parece ter sido direcionada a áreas civis e acertou hospitais, escolas, casas".
Na semana passada, a ONG havia divulgado relatório em que acusava Israel de violar leis internacionais de guerra com "ataques indiscriminados contra civis" no Líbano. "Mas crimes de guerra cometidos por um lado do conflito nunca justificam crimes de guerra do outro lado", disse Roth.
"Sob a lei humanitária internacional, as partes de um conflito não devem fazer da população civil objeto de ataque, nem disparar indiscriminadamente contra áreas civis."
No relatório "O Hizbollah deve parar os ataques a civis", a organização diz que o norte de Israel, com 1 milhão de habitantes, "está virtualmente paralisado devido aos foguetes do Hizbollah, com enorme custo humano e econômico".
Segundo a ONG, o grupo já disparou 2.500 foguetes. Alguns deles, diz, têm milhares de bolas de metal em seu interior, que explodem para todos os lados ao atingir o alvo, com o objetivo de "provocar o máximo de dano possível". A organização reporta ainda ataques a diversas instituições médicas. "Atacar [hospitais] deliberadamente é um crime de guerra."


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