São Paulo, terça-feira, 08 de agosto de 2006

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Sinagoga em Campinas liga ataque a texto de vereador

MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS

Representantes da comunidade israelita de Campinas (95 km de São Paulo) entregaram ontem à Câmara Municipal um manifesto de repúdio ao ataque contra uma sinagoga da cidade e protocolaram moção contra o vereador Paulo Bufalo (PSOL), que, em moção da semana passada, disse que Israel promove "o apartheid".
O Centro Comunitário da Sociedade Israelita Brasileira Beth Jacob foi alvo de um atentado na madrugada de sábado. Ninguém se feriu. Dois homens atiraram um coquetel molotov contra o centro e picharam na calçada: "Líbano: o verdadeiro holocausto". A polícia abriu inquérito, e a segurança em frente ao local foi reforçada.
A moção do vereador, aprovada pela Câmara na quarta passada, destinada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pede que o país "refute Tratado de Livre Comércio entre Mercosul e Israel". E afirma que Israel promove "limpeza étnica em Jerusalém Oriental"
"A moção do vereador pode instigar o anti-semitismo", disse o diretor do centro, Alberto Liberman. Bufalo negou querer promover o anti-semitismo. "Refuto a tese de que a moção estimulou o ataque. A intenção foi ser contra o massacre no Líbano, que causa indignação até mesmo entre os israelenses."


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