São Paulo, sábado, 08 de agosto de 2009

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Ataques matam pelo menos 50 no Iraque

Maior atentado foi perto de mesquita xiita em Mossul, onde 38 fiéis morreram e 200 ficaram feridos

DA REDAÇÃO

Uma série de ataques matou ontem pelo menos 50 pessoas no Iraque. O principal atentado vitimou 38 fiéis que deixavam uma mesquita xiita em Mossul, no norte do país. Seis outros devotos xiitas morreram em explosões de bombas escondidas em estradas de Bagdá, e seis pessoas morreram no ataque a um mercado, também na capital iraquiana.
Autoridades de Mossul pediram o uso de tratores para socorrer as vítimas presas sob os escombros e que moradores doassem sangue. Segundo a polícia, 200 ficaram feridos.
Em Bagdá, bombas escondidas em estradas visavam peregrinos que voltavam de Karbala, onde centenas de milhares de devotos celebravam uma importante data religiosa para os xiitas. Seis peregrinos que estavam em micro-ônibus morreram em dois incidentes.
Horas depois, uma bomba escondida em uma moto explodiu perto de um mercado num bairro sunita da capital, matando ao menos seis pessoas.
Os incidentes são os últimos de uma série que visam principalmente xiitas, levantando preocupações sobre se os insurgentes vão conseguir reiniciar conflitos sectários abertos como os que o país viu entre 2006 e 2007. Na semana passada, explosões do lado de fora de mesquitas xiitas de Bagdá causaram 31 mortes.
Desde o começo deste ano, 941 já morreram vítimas de atentados no país, segundo levantamento da agência de notícias Associated Press.
Especialistas na região esperam que o número de ataques aumente à medida que se aproximarem as eleições de janeiro.
Ontem, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a extensão de uma missão civil da organização no Iraque por mais um ano, para assessorar o governo iraquiano na organização das próximas eleições.
No dia 30 de junho, os EUA retiraram suas tropas dos centros urbanos iraquianos, deixando a função de manter a segurança das cidades a cargo das forças de segurança locais. Segundo o cronograma do governo Obama, até o fim de 2011, as tropas americanas devem sair do país completamente -dois terços delas até agosto de 2010.

Com agências internacionais



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