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REINO UNIDO
Pressão deve crescer com fim das férias legislativas
43% querem a saída de Blair por morte de cientista, diz pesquisa
DA REDAÇÃO
Segundo pesquisa do instituto
YouGov publicada ontem no jornal londrino "The Mail on Sunday", 43% dos eleitores britânicos
defendem a renúncia do premiê
Tony Blair em razão da morte do
cientista David Kelly, em julho. Já
42% dos entrevistados defendem
sua permanência no cargo, e 15%
estão indecisos.
O premiê trabalhista enfrenta
sua maior crise dos últimos seis
anos por causa de seu apoio à
Guerra do Iraque, acirrada pelo
suicídio do cientista do Ministério
da Defesa, especialista em armamentos, que dissera não haver
provas convincentes de que Saddam Hussein possuísse armas de
destruição em massa prontas para serem usadas. Kelly estava sofrendo pressões depois que o Ministério da Defesa revelou que ele
havia passado informações contra o governo à rede BBC.
A pesquisa deve ajudar a aumentar a pressão sobre o até então invencível líder do Partido
Trabalhista, que tem folgada
maioria no Parlamento, mas cujo
apoio popular vem despencando.
O Parlamento retoma as sessões
hoje, após recesso de verão. Além
da oposição de conservadores e liberais-democratas, membros de
seu próprio partido e sindicalistas
leais ao trabalhismo têm manifestado críticas ao premiê.
Mas uma outra pesquisa, no jornal "The Times", mostrou que o
Partido Trabalhista segue sendo o
mais popular, recebendo o apoio
de 39% dos britânicos, contra
32% dos conservadores e 19% dos
liberais-democratas. Há um mês,
os números eram, respectivamente, 34%, 32% e 25%.
Com agências internacionais
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