|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
IRAQUE
Relatório final sobre programa Petróleo por Comida critica alto escalão da ONU
Annan é isento em caso de corrupção
EVELYN LEOPOLD e IRWIN ARIEFF
DA REUTERS, NA ONU
Após um ano, terminou a investigação independente sobre o
programa Petróleo por Comida,
para o Iraque. O relatório final critica fortemente o secretário-geral
da ONU, Kofi Annan, seu vice e o
Conselho de Segurança por terem
permitido que Saddam Hussein
obtivesse mais de US$ 10 bilhões
ilegalmente. Annan, porém, não
foi acusação de ter obtido ganho
pessoal na transação.
O programa, com o qual Saddam vendeu petróleo para comprar comida e pôde escolher para
quem vender o produto, "representou um pacto com o demônio,
e o demônio tinha os meios para
manipular o programa para seus
próprios fins", disse o ex-presidente do Fed (BC dos EUA) Paul
Volcker, chefe da investigação.
Volcker entregou seu relatório
final, de quase mil páginas, ao
Conselho de Segurança e recomendou a adoção de reformas
administrativas abrangentes.
De acordo com o relatório, um
dos maiores problemas foi o fato
de não haver ninguém encarregado do programa de US$ 64 bilhões. Mas Kofi Annan não é acusado de ter auferido lucro pessoal
com o programa nem de ter influenciado as licitações feitas, que
envolveram uma empresa que
empregou seu filho Kojo.
Kofi Annan disse ao conselho
que "o relatório faz críticas pessoais a mim, e eu aceito as críticas". Como Volcker, disse que os
países-membros precisam aprovar alguns dos controles financeiros que a ONU propôs.
O relatório de Volcker responsabilizou a canadense Louise Frechette, vice-secretária-geral da
ONU, que, em determinado momento, Kofi Annan encarregou
de supervisionar o programa. O
comitê ainda criticou Kojo Annan
por ter tentado fazer lobby por
aquisições da ONU em nome da
empresa suíça que o empregou, a
Cotecna, que recebeu um contrato lucrativo envolvendo o Iraque.
Violência
Em Bagdá, o Exército dos EUA
libertou um refém americano que
estava em cativeiro havia dez meses. Em Basra, no sul do país, quatro americanos morreram na explosão de uma bomba em uma estrada; e a explosão de um carro-bomba matou 15 pessoas e deixou
21 feridas em um restaurante.
Tradução de Clara Allain
Texto Anterior: Pé no manicômio: Kerouac sofria de "demência precoce" Próximo Texto: Panorâmica - Eleições: Denúncias de fraude e intimidação marcam pleito presidencial no Egito Índice
|