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EUA buscam parcerias contra China, diz ex-diretor da Otan
Centro de gravidade muda do Atlântico europeu para o Pacífico
CLAUDIA ANTUNES
DO RIO
A estratégia de parcerias
internacionais dos EUA é
destinada a impedir que a
China possa optar, no futuro,
por confrontar diretamente a
atual superpotência, disse o
general alemão Klaus Naumann, ex-diretor do Comitê
Militar da Otan.
"Se a América conseguir
manter a Europa e a Rússia a
seu lado e se cultivar relações
amigáveis com a maioria dos
países sul-americanos, então
as chances são grandes de
que continuará sendo a principal potência mundial e de
que a relação sino-americana será cooperativa."
Em seminário às vésperas
da atual viagem do presidente americano Barack Obama
à Àsia -ele visita Índia, Indonésia, Japão e Coreia do
Sul, onde participará da reunião do G20-, Naumann
lembrou que "o maior aliado" da Europa está transferindo sua atenção para outro
lado.
"Estamos assistindo a
uma mudança do centro de
gravidade do Atlântico europeu para o Pacífico, onde os
EUA e a China serão os dois
atores principais pelas próximas duas ou três décadas",
afirmou no seminário da
Fundação Konrad Adenauer,
ligada à Democracia Cristã
alemã.
Segundo ele, a China, devido a problemas internos,
hoje prefere que os EUA continuem "garantindo a segurança" do seu entorno, por
meio da rede americana de
bases e alianças militares.
A potência asiática ainda
não decidiu se disputará poder com Washington em nível global.
Mas, disse o general, os
chineses não estão parados.
Se "posicionam no mercado
de energia e minérios escassos", modernizam sua defesa, "com ênfase em projeção
de poder regional e em operações cibernéticas" e "incrementam sua posição geoestratégica".
Para Naumann, os EUA
não podem "preservar seu
papel global sozinhos" e precisam de aliados.
"Essa é a mensagem-chave de nova Estratégia de Segurança Nacional [americana]", afirmou.
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