São Paulo, domingo, 08 de dezembro de 2002

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Greve pode elevar preço do petróleo

DO "THE NEW YORK TIMES"

O preço do petróleo acumulou leve alta na semana com a adesão da estatal petrolífera venezuelana à greve contra o presidente Hugo Chávez.
A greve, que já prejudicou a produção e a distribuição de petróleo da PDVSA, ocorre no momento em que os estoques do produto estão relativamente baixos. Além disso, o mercado enfrenta incertezas em relação a uma possível guerra no Iraque, que afetaria todo o golfo Pérsico.
Apesar disso, na sexta, em Nova York, o preço do petróleo a ser entregue em janeiro caiu 36 centavos de dólar -e foi para US$ 26,93 o barril-, mas já havia acumulado alta de 4 centavos desde a segunda-feira, quando a greve venezuelana começou.
A resposta tímida dos mercados à greve venezuelana mostra que muitos negociadores do setor acreditam que a crise passará, segundo o analista Phil Flynn. "O último golpe [em abril" durou dois dias", disse ele. Para Flynn, um impasse prolongado pode aumentar o preço do petróleo. "Potencialmente, é mais perigoso para a economia dos EUA agora do que o Iraque. Se [a greve" prosseguir no fim de semana, o barril pode chegar a US$ 30 na próxima sexta-feira."
Analistas acreditam que uma interrupção prolongada da produção venezuelana pode levar os EUA a usarem sua reserva.
Os EUA importam da Venezuela cerca de 1,5 milhão de barris por dia de petróleo bruto e produtos refinados, incluindo gasolina, o que corresponde a 13% do total das importações desses produtos. A Venezuela é o quinto maior produtor mundial de petróleo.


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