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HONDURAS
Amorim reitera não haver data para Zelaya deixar embaixada
DA ENVIADA A MONTEVIDÉU
O ministro Celso Amorim
(Relações Exteriores) reiterou ontem, em Montevidéu,
não haver prazo para que o
presidente deposto de Honduras deixe a embaixada do
Brasil em Tegucigalpa. Manuel Zelaya, segundo um assessor, não pretende sair enquanto tiver apoio brasileiro.
"Acredito que ele próprio
terá seus interesses e vamos
encontrar a maneira mais segura", afirmou o chanceler.
Para Amorim, "o que o
Brasil procurou fazer, ao dar
abrigo a Zelaya, presidente
legítimo, foi facilitar o diálogo". "Se o Brasil não tivesse
dado abrigo ao Zelaya, talvez
estivesse tudo parado", disse.
O chanceler disse também
que "o povo hondurenho vai
encontrar a maneira de resolver seus problemas" e que
acha "muito possível que antes de ele ser ex-presidente
tenha-se encontrado alguma
solução" para a sua situação.
Instado por um repórter a
comentar a avaliação de que
a atitude do Brasil em Honduras seria hipócrita, já que o
país apoia a ditadura em Cuba, Amorim afirmou: "Hipócrita é quem disse isso. Houve decisão unânime da OEA
que retirou a suspensão de
Cuba. Em Honduras, houve
um golpe realizado há pouco
tempo, em plena vigência da
Carta Democrática".
Amorim está em Montevidéu para participar da Cúpula do Mercosul, que teve início ontem e termina hoje.
Com a Efe
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