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GUERRA SEM FIM
Presidente afegão acusa tropas dos EUA de matarem 17 civis
DA REUTERS
O presidente afegão, Hamid Karzai, condenou ontem uma operação militar liderada pelos EUA, que, segundo seu gabinete, matou
17 civis, incluindo mulheres
e crianças.
Militares americanos afirmaram que só militantes foram mortos no ataque, segundo eles, destinado a combater a rede de bombardeios
a rodovias na Província de
Laghman, no leste do país.
"O governo afegão sempre
deixou clara sua posição e
quer o fim de tais incidentes,
que só afastam a guerra ao
terror de sua rota, colocando
em risco nossos êxitos", disse
nota oficial de Karzai, que
condena o uso de civis como
escudos humanos.
Em um incidente separado, três civis morreram, vítimas de um homem-bomba
que visou um comboio da
ONU em Candahar.
O coronel Jerry O'Hara,
porta-voz das forças americanas, em resposta à declaração do presidente, disse que
32 insurgentes, incluindo
uma mulher, foram mortos
durante a ação.
"Confirmo que todos os
mortos eram militantes. Se
algum civil foi envolvido na
operação, nossas sinceras
condolências a eles e suas famílias", disse o americano.
Karzai, que lidera o Afeganistão desde a derrubada do
Taleban do governo em
2001, mais de uma vez alertou as tropas internacionais
que elas devem prevenir
mortes de civis.
Cerca de 700 civis morreram até outubro no ano passado, durante operações de
forças estrangeiras e afegãs,
informou no mês passado
um órgão local de direitos
humanos, citando estimativa
da ONU.
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