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SUDÃO
Em Darfur, Bashir ameaça mais grupos de ajuda com expulsão
DA ASSOCIATED PRESS, EM EL FASHER
Em sua primeira visita à
região conflagrada de Darfur
desde que o Tribunal Penal
Internacional expediu contra ele um mandado de prisão na última quarta, o ditador do Sudão, Omar al Bashir, ameaçou ontem expulsar mais grupos humanitários, diplomatas e tropas internacionais de paz do país.
O Sudão já expulsou 13
grupos humanitários em retaliação à ordem de prisão
-a primeira contra um chefe
de Estado no cargo desde a
criação do TPI, em 2002. Para Cartum, as agências cooperam com o tribunal sediado em Haia (Holanda), que
investiga indivíduos acusados de crimes de guerra e
contra a humanidade.
Contra Bashir pesam sete
acusações referentes ao conflito em Darfur: homicídio,
extermínio, tortura, estupro,
deslocamento forçado, pilhagem e ataque contra civis
-a ONU estima que desde
2003 cerca de 300 mil pessoas tenham morrido e 2,7
milhões tenham sido forçadas a deixar suas casas.
O ditador, no poder desde
1989, rechaça o tribunal e o
acusa de "imperialista".
Também ontem, o Exército sudanês reafirmou apoio a
Bashir e disse ter posto em
alerta 75% das tropas.
Em El Fasher, capital da
região de Darfur do Norte, o
ditador foi recebido por milhares de simpatizantes. De
espada em punho, fez comício diante de diplomatas árabes no qual disse que mais
agências podem ser expulsas
caso se envolvam com o TPI
e depois desfilou pela cidade.
Ele também acusou os grupos humanitários de desviarem fundos doados à região.
Segundo a ONU, com a saída dos assistentes cerca de 1
milhão de pessoas ficará sem
comida, 1,5 milhão, sem cuidados médicos e mais de 1
milhão sem água potável.
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