São Paulo, sábado, 09 de abril de 2005

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Maré de problemas antecede o casamento

DE LONDRES

Não foram poucos os reveses enfrentados pelo príncipe Charles e por Camilla Parker-Bowles. Mesmo depois de terem conquistado a aprovação da rainha e a do chefe da Igreja Anglicana para sua união formal, o casal mergulhou num turbilhão de problemas.
Tudo começou logo depois da divulgação, em 10 de fevereiro passado, da data do casamento. Foi anunciado que a cerimônia civil ocorreria dentro do castelo de Windsor. O obstáculo inicial -desconhecido pelo príncipe e por seus assistentes- era que o castelo não estava licenciado para isso. Não seria difícil conseguir uma licença, o problema era que ela valeria por três anos, durante os quais qualquer súdito poderia se casar no castelo de Elizabeth 2ª.
A descoberta foi o suficiente para a primeira mudança de planos. A cerimônia civil foi transferida, então, para o cartório de Guildhall, que fica em frente ao castelo de Windsor. Aí, começou o segundo drama. A rainha e seu marido, o duque de Edimburgo, anunciaram que não compareceriam ao casamento civil. Justificativa: o casal queria um evento simples, e a presença da rainha em um cartório contrariaria esse desejo. A decisão foi um prato cheio para os tablóides (de forma geral, fortes opositores à união), que passaram a dizer que a rainha estava boicotando o casamento e esnobando os noivos.
Depois, vieram as complicações legais. Surgiu um debate entre juristas a respeito da interpretação de dois atos parlamentares. A dúvida era se um casamento civil teria validade legal para um membro da família real. Até hoje, não se chegou a um consenso sobre isso, mas o governo do primeiro-ministro Tony Blair interveio assegurando que a união civil de Charles e Camilla estaria de acordo com a lei.
Se não totalmente apagados, todos esses incêndios foram, mais ou menos, controlados. Mas isso não significou o fim do calvário de Camilla e Charles. Há seis dias da grande data, morreu o papa João Paulo 2º, obrigando o príncipe -que compareceu ontem ao funeral do pontífice- a postergar por um dia as cerimônias.


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