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Irã diz que vai triplicar número de
centrífugas
DA REDAÇÃO
O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, anunciou
ontem que seu país havia começado a instalação de 6.000
novas centrífugas para o enriquecimento de urânio. A AIEA
(Agência Internacional de
Energia Atômica) verificou que
3.000 desses aparelhos já estavam em funcionamento.
Teoricamente, esse novo
passo capacita o Irã a obter
mais rapidamente combustível
para a construção de uma bomba nuclear. Mas o "New York
Times" cita especialistas que
acreditam se tratar bem mais
de um anúncio político do que
de uma conquista tecnológica.
Das centrífugas já instaladas, só
20% funcionam bem.
Ahmadinejad sofre forte
oposição interna e fortalece
seus planos de reeleição caso
mantenha o plano de confronto
com a comunidade internacional, que, por meio do Conselho
de Segurança da ONU, já aprovou três pacotes de sanções
contra o programa nuclear.
Em Paris, o ministro das Relações Exteriores, Bernard
Kouchner, defendeu novas
sanções caso o Irã não cesse o
enriquecimento de urânio.
O chefe da diplomacia russa,
Serguei Lavrov, disse em Moscou que os membros permanentes do Conselho de Segurança (Estados Unidos, França,
Reino Unido, Rússia e China,
aos quais se associou a Alemanha) estudavam "novos incentivos" para o Irã, em troca do
abandono da produção do combustível. Ele não deu detalhes.
Delegações desses países devem se reunir em 16 de abril em
Xangai, na China, para abordar
a questão. Em Washington, a
secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, disse que
um plano semelhante, apresentado a Teerã, em 2006, "foi bastante generoso" e que o regime
islâmico deveria tê-lo aceitado
naquela época.
Com agências internacionais
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