São Paulo, quarta-feira, 09 de abril de 2008

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Irã diz que vai triplicar número de centrífugas

DA REDAÇÃO

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, anunciou ontem que seu país havia começado a instalação de 6.000 novas centrífugas para o enriquecimento de urânio. A AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) verificou que 3.000 desses aparelhos já estavam em funcionamento.
Teoricamente, esse novo passo capacita o Irã a obter mais rapidamente combustível para a construção de uma bomba nuclear. Mas o "New York Times" cita especialistas que acreditam se tratar bem mais de um anúncio político do que de uma conquista tecnológica. Das centrífugas já instaladas, só 20% funcionam bem.
Ahmadinejad sofre forte oposição interna e fortalece seus planos de reeleição caso mantenha o plano de confronto com a comunidade internacional, que, por meio do Conselho de Segurança da ONU, já aprovou três pacotes de sanções contra o programa nuclear.
Em Paris, o ministro das Relações Exteriores, Bernard Kouchner, defendeu novas sanções caso o Irã não cesse o enriquecimento de urânio.
O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, disse em Moscou que os membros permanentes do Conselho de Segurança (Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e China, aos quais se associou a Alemanha) estudavam "novos incentivos" para o Irã, em troca do abandono da produção do combustível. Ele não deu detalhes.
Delegações desses países devem se reunir em 16 de abril em Xangai, na China, para abordar a questão. Em Washington, a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, disse que um plano semelhante, apresentado a Teerã, em 2006, "foi bastante generoso" e que o regime islâmico deveria tê-lo aceitado naquela época.


Com agências internacionais


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