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Interina foi chanceler e fez carreira na URSS
DA ASSOCIATED PRESS
A líder de oposição que desde
anteontem responde pela chefia do novo governo do Quirguistão possui um extenso histórico de atividades, tanto em
seu país natal como na extinta
URSS, e é retratada como uma
política talentosa e pragmática.
Roza Otunbaieva, 59, que a
partir de agora tem a responsabilidade de combater a instabilidade que deu origem ao golpe
contra o ex-aliado Kurmanbek
Bakiev, iniciou a carreira como
quadro da burocracia soviética,
após se graduar em filosofia em
Moscou na década de 1970.
Nos anos 1980, chefiou a delegação da União Soviética na
Unesco -o braço da ONU para
educação e cultura- e serviu
como embaixadora na Malásia.
Em 1991, com o desmantelamento da antiga potência comunista, Otunbaieva se engajou na política do Quirguistão.
No governo de Askar Akaiev,
ocupou o Ministério das Relações Exteriores e foi embaixadora nos EUA e Reino Unido.
Na década seguinte, contudo,
a diplomata engrossou as fileiras dos descontentes com o rumo que tomara o governo de
Akaiev e assumiu linha de frente nos protestos que o depuseram e levaram Bakiev ao poder.
Hoje, se vale da reputação de
política ilibada para conduzir o
governo interino a nova eleição
para presidente, em seis meses.
Sua proximidade com a Rússia, porém, motiva desconfianças quanto a um eventual retorno da influência exercida até
2005 no país que abriga uma
base aérea alugada pelos EUA e
considerada crucial para seus
interesses no Afeganistão.
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