São Paulo, sexta-feira, 09 de abril de 2010

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Interina foi chanceler e fez carreira na URSS

DA ASSOCIATED PRESS

A líder de oposição que desde anteontem responde pela chefia do novo governo do Quirguistão possui um extenso histórico de atividades, tanto em seu país natal como na extinta URSS, e é retratada como uma política talentosa e pragmática.
Roza Otunbaieva, 59, que a partir de agora tem a responsabilidade de combater a instabilidade que deu origem ao golpe contra o ex-aliado Kurmanbek Bakiev, iniciou a carreira como quadro da burocracia soviética, após se graduar em filosofia em Moscou na década de 1970.
Nos anos 1980, chefiou a delegação da União Soviética na Unesco -o braço da ONU para educação e cultura- e serviu como embaixadora na Malásia.
Em 1991, com o desmantelamento da antiga potência comunista, Otunbaieva se engajou na política do Quirguistão.
No governo de Askar Akaiev, ocupou o Ministério das Relações Exteriores e foi embaixadora nos EUA e Reino Unido.
Na década seguinte, contudo, a diplomata engrossou as fileiras dos descontentes com o rumo que tomara o governo de Akaiev e assumiu linha de frente nos protestos que o depuseram e levaram Bakiev ao poder.
Hoje, se vale da reputação de política ilibada para conduzir o governo interino a nova eleição para presidente, em seis meses.
Sua proximidade com a Rússia, porém, motiva desconfianças quanto a um eventual retorno da influência exercida até 2005 no país que abriga uma base aérea alugada pelos EUA e considerada crucial para seus interesses no Afeganistão.


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