São Paulo, quinta-feira, 09 de maio de 2002

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PANORÂMICA

NEPAL

Conflitos entre rebeldes maoístas e forças do governo podem ter matado até cem
Um violento enfrentamento entre guerrilheiros maoístas e forças de segurança governamentais pode ter deixado até cem mortos ontem, no Nepal, enquanto o governo dos EUA oferecia ajuda à administração nepalesa para lutar contra ataques terroristas.
Os maoístas atacaram um posto policial em Gam (oeste), bastião dos guerrilheiros, local no qual soldados nepaleses mataram ao menos 400 rebeldes na semana passada.
"O ataque dos guerrilheiros ocorreu por volta de meia-noite [horário local", e creio que tenhamos perdido muitos homens", declarou um oficial nepalês à agência de notícias Reuters. Segundo ele, o governo mandou reforços à região.
"Um grande número de terroristas atacou uma base governamental com armas automáticas. Uma batalha sangrenta entre os rebeldes e as forças governamentais continua a ocorrer na região", afirmou o Ministério do Interior em nota oficial.
Segundo oficiais nepaleses, até cem pessoas podem ter morrido no enfrentamento, que ocorre a cerca de 450 km da capital do país, Katmandu.
O ministro do Interior, Khum Bahadur Khadka, afirmou à Reuters que o governo ainda aguardava dados mais detalhados para poder confirmar o número de vítimas fatais.
"Havia mais de 140 policiais e soldados na região de Gam, e não temos mais contato com eles", disse o ministro. Ele afirmou ainda que não tinha dados suficientes para informar o número de feridos.
Mais de 4.000 pessoas já morreram nos seis anos da rebelião, que visa a depor a monarquia constitucional nepalesa e a transformar o país numa república maoísta. A guerrilha se intensificou desde junho passado, quando boa parte da família real foi assassinada.



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