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Policial considera Camboriú
local vulnerável para refúgio
da Agência Folha, em Camboriú
Os principais temores dos policiais brasileiros que custodiam o
ex-presidente paraguaio Raúl Cubas Grau, além dos passeios frequentes de Mirta (mulher de Cubas), são a vulnerabilidade da
fronteira, a sua proximidade de
Camboriú e o fato de a cidade estar
sempre repleta de turistas. Um policial disse à Agência Folha que
Camboriú seria um dos lugares
menos apropriados para o asilo.
A calmaria existente no local (as
pessoas transitam pela frente do
prédio como se ele fosse outro
qualquer) também é motivo de
apreensão.
"Pode parecer um contra-senso,
mas, às vezes, as coisas surgem do
nada. Frequentemente é melhor
que a situação esteja conturbada, e
a possibilidade de perigo esteja
clara", disse um policial.
Um dia após chegar a Camboriú,
Cubas presenciou algumas manifestações isoladas de hostilidade a
sua presença. Paraguaios que estavam na cidade chamaram-no de
"asesino", acusando-o de envolvimento na morte de seu vice, Luis
María Argaña.
A custódia, que já teve 20 policiais federais, resume-se agora a
seis, que se revezam em turnos de
dez horas, e quatro policiais militares por turno (manhã, tarde e
noite).
A poucos metros do edifício Cosmos, que tem 30 andares (Cubas
vive no 20º) e apartamentos com
três suítes, churrasqueira e piscina,
a Polícia Federal tem um "quartel-general". De lá, monitora câmeras
de vídeo espalhadas no local e proximidades.
A chuva já serviu de alívio para
os policiais. Quando houve a organização de um ato contra Cubas,
três semanas atrás, ela surgiu depois de vários dias ensolarados a
afastou o público.
O grupo, composto de políticos,
sindicalistas, paraguaios e argentinos, limitou-se a 40 pessoas, segundo os organizadores (PT, PC
do B, PPS, PSB e PDT), ou 20, segundo a Polícia Federal.
"Não podemos aceitar que, em
um momento de dinheiro escasso,
a União gaste para manter mais
um ex-presidente paraguaio", disse um dos organizadores do ato, o
jornalista Sílvio Pereira, dando o
tom das críticas que têm sido feitas
ao asilo e que foram decisivas para
que Cubas se enclausurasse em seu
apartamento.
O ex-ditador paraguaio Alfredo
Stroessner também vive asilado no
Brasil, em Brasília.
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