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Situação deve
ser definida na
semana que vem
DE BUENOS AIRES
A situação do ex-presidente argentino Carlos Menem deve ser decidida até o
fim da próxima semana,
quando o juiz federal Jorge
Urso deve decidir se confirma a acusação feita contra
ele -chefiar uma quadrilha
que contrabandeou armas
para Equador e Croácia entre 1991 e 1995, durante seu
governo (1989-1999).
A ordem de prisão só foi
possível porque o crime pelo
qual é acusado não é afiançável.
Segundo os procedimentos legais, Urso tem, a partir
da ordem de prisão, dez dias
para confirmar o processo.
Por enquanto, os advogados
de defesa de Menem dizem
que não pretendem recorrer
da prisão preventiva, mas
devem fazê-lo caso Urso
confirme a acusação. Se a
Justiça federal negar o recurso, Menem deverá ir a julgamento, o que não aconteceria antes de seis meses, segundo especialistas. Enquanto espera o julgamento,
o ex-presidente continuaria
em prisão domiciliar.
O crime pelo qual Menem
é acusado tem pena prevista
de cinco a dez anos de prisão. O ex-presidente tem direito a cumprir prisão domiciliar por já ter 70 anos.
Delimitação de regras
O advogado Mariano Cavagna Martínez, um dos cinco da defesa do ex-presidente, apresentou ontem um pedido à Justiça para "delimitar claramente" as regras da
prisão domiciliar de Menem. Os advogados temem
que atitudes do ex-presidente possam ser consideradas
violação da prisão, o que poderia implicar uma transferência de Menem a uma cela.
A estratégia dos advogados é tentar caracterizar o
processo contra Menem como político. O argumento
deles é que a venda de armas
a Equador e Croácia foi um
"ato de governo legítimo"
que seguia a política externa
de sua gestão, para "inserir a
Argentina no contexto das
grandes potências do mundo". No sábado, Menem havia sugerido que o plano havia partido do governo dos
Estados Unidos, o que foi
Washington negou.
(RW)
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