São Paulo, domingo, 09 de junho de 2002

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Mulheres terão presença pequena

DA AGÊNCIA FOLHA

Símbolo da opressão dos seis anos de Taleban no Afeganistão, as mulheres ainda lutam para encontrar representatividade. Um sinal claro disso é a presença na Loya Jirga, estimada em apenas 200 mulheres entre 1.501 delegados. Dessas, 160 estão lá por cotas -100 garantidas como fração mínima e 60 por subcotas adotadas em cada categoria de delegados. As mulheres são cerca de metade dos 27 milhões de afegãos.
A ONU espera apenas 40 mulheres eleitas entre os distritos eleitorais. Parece pouco, mas é um avanço comparado ao regime anterior, quando mulheres eram obrigadas a se cobrir inteiramente com a tradicional burga e foram banidas de escolas, hospitais e serviços públicos.
""O problema é que as mulheres afegãs ainda não sabem como se comportar", disse a agências de notícias Soraya Parlica, líder de uma organização de advogadas em Cabul. Em 20 de novembro, a Folha presenciou Parlica comandar a primeira passeata de mulheres em favor de liberalização por parte da Aliança do Norte.
A vida parece estar voltando ao normal para as mulheres. A burga ainda é vastamente usada, até porque essa é uma tradição tribal pashtu, mas rostos descobertos são mais frequentes.
No governo interino, a voz mais ativa é a tadjique Suhaila Seddigu, ministra da Saúde. Ex-cirurgiã por 20 anos antes do Taleban, ela tem, assim como Parlica, assento na Loya Jirga. (IG)


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