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São Paulo, segunda-feira, 09 de junho de 2003

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Israel exige ação imediata de Mazen

DA REDAÇÃO

O premiê palestino, Abu Mazen, deve agir imediatamente contra os grupos terroristas que realizaram os ataques de ontem. A afirmação é do ministro da Defesa de Israel, Shaul Mofaz.
Já os EUA manifestaram apoio a Mazen e afirmaram que os governos israelense e palestino não podem permitir que os ataques minem o plano de paz.
Segundo o ministro da Defesa israelense, "os grupos terroristas devem ser desmantelados e, se o governo palestino não agir nesse sentido, Israel não hesitará em lutar contra o terrorismo para proteger o seu povo".
Os ataques deixaram o premiê Ariel Sharon em uma situação delicada. Caso responda aos ataques, pode minar o plano de paz. Se não agir, sofrerá ainda mais críticas de radicais israelenses, contrários às concessões feitas nas negociações com Mazen.
O premiê se manifestou por meio de porta-voz, afirmando que repudia os ataques e que, "se o terrorismo continuar, o plano de paz será destruído".
O secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, disse que "os ataques não podem eliminar os frutos da cúpula em Ácaba".
"Iremos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para ajudar a Mazen e a seu gabinete a desenvolverem uma capacidade para acabar com o terrorismo", disse.

Refugiados
Sharon anunciou, em encontro de seu partido, o Likud (direita), em Jerusalém, que não aceitará que os refugiados palestinos retornem para Israel.
"Não permitirei que nenhum refugiado palestino volte para Israel. Nunca. Fui claro e disse isso [a Abu Mazen] em Ácaba. A questão dos refugiados não pode ser resolvida dentro do território israelense", disse Sharon.
A questão dos refugiados é um dos temas mais delicados das negociações, assim como os assentamentos judaicos na Cisjordânia e na faixa de Gaza e o status final de Jerusalém.
Israel afirma que, se eles retornassem, o caráter judeu de Israel estaria condenado. Os palestinos dizem que os refugiados, espalhados pelos territórios e por países árabes, têm o direito de retornar, pois foram expulsos de suas casas. A questão dos refugiados deve ser discutida apenas na terceira etapa do plano de paz.


Com agências internacionais


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