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IRAQUE OCUPADO
Governo britânico deve assumir erro em relatório contra Saddam
Powell diz que armas serão achadas
DA REDAÇÃO
As armas de destruição em
massa não foram encontradas até
agora no Iraque porque foram
cuidadosamente escondidas pelo
regime do ex-ditador Saddam
Hussein. Foi essa a explicação dada ontem pelo governo norte-americano, que voltou a afirmar
que as armas serão encontradas.
Em resposta a acusações de que
os EUA exageraram a ameaça do
regime de Saddam ao mundo, o
secretário de Estado dos EUA,
Colin Powell, disse ontem estar
confiante de que as armas de destruição em massa ainda serão localizadas no Iraque.
"Tenho certeza de que mais evidências e mais provas aparecerão
à medida que nós avançarmos
nesse caminho", disse Powell, em
entrevista à rede de TV Fox News.
Depois de várias semanas de
busca no Iraque, a falta de evidência sobre o suposto arsenal proibido de Saddam tem levantado
questões sobre se as informações
do serviço de inteligência -usadas como justificativa pelos EUA
e pelo Reino Unido para a invasão
do Iraque- estavam erradas ou
foram infladas.
Na semana passada, um relatório da inteligência americana admitia que não havia, no ano passado, indícios fortes de um arsenal de armas químicas, mas afirmava que o Iraque tinha condição
de fabricá-lo.
Powell disse que partes desse relatório foram tiradas do contexto.
"A frase que atraiu toda a atenção
afirma que não havia evidências
de instalações e de armas estocadas. A frase seguinte diz que havia
a informação de que as armas
químicas haviam sido dispersadas em diversas unidades."
Já no Reino Unido, integrantes
do governo chamados para depor
no Comitê de Inteligência e Segurança do Parlamento deverão admitir que o segundo dossiê contra
Saddam, produzido pela inteligência britânica em fevereiro, trazia erros de informação. A informação foi publicada ontem pelo
semanário "The Observer".
Baseado em fontes do governo
britânico, o jornal afirma que, se o
premiê Tony Blair for questionado, também reconhecerá os erros.
Divulgado pouco antes de um
encontro entre Blair e o presidente dos EUA, George W. Bush, o relatório se baseou em grande parte
em uma tese de doutorado escrita
há 13 anos na Califórnia.
Ontem, sob a supervisão estrita
de militares americanos, inspetores da ONU estiveram no complexo de Tuwaitha, no sudeste de
Bagdá, para avaliar os danos causados pelos saques ocorridos no
local após a queda de Saddam. Os
setes especialistas pertencem à
Agência Internacional de Energia
Atômica (AIEA).
Reinauguração
O Museu Nacional do Iraque,
em Bagdá, deverá ser reaberto no
mês que vem. Estima-se que cerca
de 3.000 peças tenham sido saqueadas do museu após a deposição de Saddam.
Com agências internacionais
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